Queiroz despede-se do Irão sentido-se "orgulhoso e privilegiado"
Mundial2022
30 de nov. de 2022, 16:21
— Lusa/AO Online
“No futebol não existem vitórias
morais, mas também não é imoral conseguir realizar sonhos, desde que se
tenha dado o melhor com vontade e uma mentalidade vencedora”, escreveu
Carlos Queiroz, na sua conta na rede social Instagram.O
treinador português garante estar “orgulhoso” com os jogadores “que
foram brilhantes dentro e fora de campo”, e acrescenta: “Foi uma honra e
um privilégio fazer parte desta família do futebol que, acredito,
merece total respeito e credibilidade do seu país e dos adeptos”.A
terminar, Queiroz, que já tinha orientado o Irão entre 2011 e 2019,
termina a mensagem desejando a todos “felicidade, paz, sucesso e saúde”.Na
terça-feira, a seleção do Irão foi eliminada do Mundial2022 de futebol,
depois de hoje perder com o Estados Unidos, por 1-0, em partida da
terceira jornada do Grupo B da competição.O
Irão, que foi goleado pela Inglaterra por 6-2 e se impôs ao País de
Gales por 2-0, terminou o grupo B na terceira posição, apenas à frente
dos galeses.Carlos Queiroz de 69 anos,
assumiu em setembro passado o cargo de selecionador do Irão, para
orientar a equipa asiática na fase final do Mundial2022 do Qatar,
sucedendo ao croata Dragan Skocic.No
Qatar, Queiroz, que foi uma promessa eleitoral de Mehdi Taj, o novo
presidente da Federação Iraniana de Futebol, orientou pela terceira vez a
seleção do país em fases finais de Mundiais, depois de já o ter feito
na Rússia, em 2014, e no Brasil, em 2010.No
Qatar, a seleção orientada por Carlos Queiroz protagonizou algumas
polémicas, nomeadamente no primeiro jogo, antes do qual os futebolistas
iranianos não cantaram o hino, como uma forma de apoio às vítimas das
manifestações contra o governo daquele país.Após
o jogo com o País de Gales, a Federação de Futebol do Irão queixou-se à
FIFA das declarações do antigo futebolista alemão Juergen Klinsmann,
considerando que as mesmas são lesivas contra o país e pediu a sua
demissão do grupo de estudos técnicos.“Disse
que no jogo Irão-País de Gales, os jogadores ‘trabalharam’ o árbitro.
Que isso não foi uma casualidade e que faz parte da cultura, da sua
forma de jogar”, refere o Irão, justificando que Klinsmann quis dizer
que os jogadores pressionaram o árbitro.