8 de out. de 2025, 10:20
— Daniela Arruda/Nuno Martins Neves
O novo ano letivo 2025/2026 é marcado pela quebra do número de alunos
nas escolas profissionais dos Açores, a primeira desde o ano letivo
2022/2023: no presente ano formativo, estão inscritos 873 formandos
(integrados em 51 novos cursos profissionais de nível IV), menos 73 que o
último ano letivo passado (946).Na terça-feira assinalou-se o início do ano
letivo nas escolas profissionais da Região com a visita de Maria João
Carreiro, secretária regional da Juventude, Habitação e Emprego, à
EPCCIPD (Escola Profissional da Câmara de Comércio e Indústria de Ponta
Delgada), com o intuito de felicitar todos os alunos que integram este
ensino e de valorizar o trabalho das escolas profissionais.“O ensino
profissional pode e deve ser a primeira escolha para os nossos
jovens”, afirmou a governante, acrescentando que o talento dos alunos
“pode ser transformado em competências valorizadas no mercado de
trabalho".Durante a visita à EPCCIPD, Maria João Carreiro reforçou,
junto dos jovens a importância de investir na qualificação, de
permanecer na Região e de contribuir para o desenvolvimento das ilhas. “Nós
precisamos de recursos qualificados. É importante também adquirir
formação fora, noutra ilha, noutro país, mas regressem”, apelou,
sublinhando: “Aproveitem o conhecimento para regressarem e aplicar na
Região".Em relação às áreas de formação, aquelas com maior número de
matrículas são Hotelaria e Restauração, Serviços de Apoio a Crianças e
Jovens, Turismo e Lazer, Produção Agrícola e Animal, e Saúde -
contabilizando 54% dos formandos que agora iniciam o seu ciclo
formativo. Assim, Maria João Carreiro destaca o esforço das escolas
para alinhar a oferta com as expectativas dos jovens e das necessidades
das empresas. “Temos hoje mais oferta e mais matrículas nas áreas que criam emprego na Região”, disse.Relativamente
à EPCCIPD, este ano a escola abriu dois novos cursos: Técnico/a de
Apoio à Gestão e Técnico/a de Turismo Ambiental e Rural, que acolhem 48
novos alunos.No total, a escola conta agora 90 formandos, número
recorde, incluindo oito alunos de Cabo Verde e de São Tomé e Príncipe,
sendo por isso considerada “uma referência no sistema de ensino e
formação profissional nos Açores".A governante refere ainda que
este recorde “é sinal de que estamos a gerar confiança (...) e é fruto
da forte aposta que se tem feito em ações de sensibilização dirigidas
aos jovens". A secretária regional evidenciou também a capacidade da
EPCCIPD de reconhecer quais as áreas do mercado de trabalho com
potencial.Além da oferta formativa, a escola aposta ainda em
diversos projetos. Assim, para este ano letivo, estão previstos 16
programas, incluindo o MOOV (Programa de Mobilidade, Ocupação e
Orientação Vocacional) e o Bento de Góis (uma visita de estudo à
Terinov, ilha Terceira, e outra à BTL, Lisboa.A secretária declara
que o objetivo “tanto do Governo Regional, como dos parceiros sociais e
das escolas é criar todas as condições para que o ensino profissional
seja um ensino de excelência".