Quase todas as crianças sinalizadas pelas comissões tiveram medida de proteção junto da família
22 de mai. de 2019, 17:32
— Lusa/AO online
De acordo com o relatório de
atividade das Comissões de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) para
2018, no ano passado foram aplicadas 14.007 novas medidas de proteção,
que se somaram às 20.928 transitadas de outros anos e que dão o valor
global de 34.935 medidas de promoção e proteção. Relativamente
às mais de 14 mil medidas de proteção definidas no ano passado,
“mantém-se a tendência” para que as crianças sejam acolhidas em meio
natural de vida, ou seja, junto da família alargada, tal como salientou a
secretária de Estado para a Inclusão das Pessoas com Deficiência. A
percentagem é expressiva, já que foram 13.179 crianças (94,1%)
acompanhadas desta forma e que ficaram a cargo de algum membro da
família, sendo que a maioria (83,4%) teve o apoio da CPCJ junto dos
pais. Além destes, 8,9% teve o apoio junto
de outro familiar, 1% ficou a cargo de pessoa idónea e em 0,7% dos
casos o jovem teve apoio para autonomia de vida. Por
outro lado, houve 819 crianças que no ano passado tiveram de ser
institucionalizadas e nove que ficaram em regime de acolhimento
familiar, o que representa os 5,9% de menores que precisaram de uma
medida de colocação.Comparativamente a 2017, o número de crianças institucionalizadas diminuiu, passando de 1.120 para 819, uma quebra de 27%.Ainda
assim, e segundo dados da Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e
Proteção das Crianças e Jovens, no ano passado estavam
institucionalizadas 3.267 crianças e jovens.O
Governo tem em fase final de consulta pública a nova regulamentação do
regime legal do acolhimento familiar, que termina no dia 27 de maio,
sendo objetivo assumido conseguir aumentar o número de crianças neste
tipo de resposta, em detrimento do acolhimento em instituições.Depois da consulta pública, segue-se a fase de introdução de contributos para depois entrar em processo legislativo. De acordo com a secretária de Estado Ana Sofia Antunes, o documento deverá estar aprovado ainda durante a atual legislatura.