Quase 84% dos municípios identificam 77 mil famílias em condições indignas
Habitação
4 de jul. de 2023, 11:24
— Lusa/AO Online
Em
audição regimental na Comissão de Economia, Obras Públicas, Planeamento e
Habitação, Marina Gonçalves apresentou os dados atualizados, até 03 de
julho, do 1.º Direito, programa criado em 2018 para encontrar soluções
para as 26 mil famílias com carências habitacionais identificadas à
data. As soluções habitacionais para essas
26 mil famílias serão financiadas pelo Plano de Recuperação e
Resiliência (PRR), com 1.200 milhões de euros, até 2026.Na
apresentação aos deputados, a ministra referiu que 258 municípios têm
atualmente Estratégias Locais de Habitação em execução (84% do total de
308 municípios do país).O número de casas
entregues mantém-se o mesmo em relação a abril, quando a ministra fez o
anterior balanço do 1.º Direito no parlamento, mas os fogos em obra ou a
entrar em obra aumentaram para 7.500.Também
o número de casas que deverão ser entregues até ao fim de 2023, no
âmbito do 1.º Direito, subiu de 1.000 para 1.300 casas, acrescentou a
governante.Na audição, Marina Gonçalves
adiantou que são “mais de 10 mil” os candidatos ao concurso de abril,
ainda em análise, ao Porta 65, programa antes destinado a apoiar jovens
no pagamento da renda, mas que o Governo alargou a outras faixas
etárias, desde que em situações de vulnerabilidade (quebra de
rendimentos superior a 20% ou famílias monoparentais).Marina
Gonçalves disse também que serão assinados “nas próximas semanas” os
primeiros contratos do programa Arrendar para subarrendar, no quadro do
qual o Estado vai propor o arrendamento voluntário de imóveis a privados
– casas devolutas e prontas a habitar – para depois subarrendar essas
casas a famílias com taxas de esforço máximas de 35%. As
casas serão arrendadas pelo Instituto da Habitação e da Reabilitação
Urbana (IHRU), que garante o pagamento pontual das rendas e, quando o
contrato terminar, realiza a entrega das casas nas mesmas condições em
que as recebeu.