Quase 50 mil colocados na 1.ª fase do concurso de acesso ao ensino superior
25 de ago. de 2024, 10:59
— Lusa
Dos
58.301 jovens que se candidataram, 49.963 asseguraram já um lugar no
ensino superior, mais 1,1% em relação à mesma fase do concurso realizado
no ano passado, apesar da ligeira diminuição do número de candidaturas,
revelam dados disponibilizados pelo Ministério da Educação, Ciência e
Inovação (MECI).No dia em que foram
conhecidos os resultados da 1.ª fase do concurso, divulgados às 00:00 na
página da Direção-Geral do Ensino Superior (http://www.dges.gov.pt), as
notícias não podiam ter sido melhores para os 28 mil alunos colocados
na sua primeira opção (56,1%).Nove em cada
10 (87,8%) conseguiram entrar numa das suas três primeiras escolhas,
“os valores mais elevados dos últimos anos e um dos fatores mais
relevantes para o sucesso académico”, sublinha a tutela.Entre
os 1.119 cursos em instituições públicas que estavam disponíveis nesta
fase do concurso, 815 tiveram todas as vagas ocupadas, sobrando apenas
4.966 lugares, a maioria (76,8%) em institutos politécnicos.As
vagas que não foram agora ocupadas, o número mais baixo desde 1999, vão
ser colocadas a concurso na 2.ª fase, que arranca na segunda-feira.Só
quatro instituições de ensino superior esgotaram todas as vagas: as
escolas superiores de enfermagem de Coimbra, Lisboa e Porto e o ISCTE –
Instituto Universitário de Lisboa.A
instituição menos procurada foi novamente o Instituto Politécnico de
Bragança, que ficou com 975 lugares disponíveis, seguido dos
politécnicos de Viseu (416), Guarda (338) e Castelo Branco (318).Como
nos anos anteriores, as três universidades com maior número de vagas
disponíveis foram também as mais procuradas, incluindo para primeira
opção: 9.167 candidatos escolheram a Universidade de Lisboa, que tinha
7.442 vagas, 8.069 escolheram a Universidade do Porto, com 4.781 vagas, e
4.104 preferiram a Universidade Nova de Lisboa, que tinha apenas 2.823
vagas.Mais uma vez, os cursos de
Engenharia Aeroespacial registam as médias de entrada mais elevadas,
todos acima dos 18 valores, num grupo de 23 cursos onde se encontram
também cinco dos oito mestrados integrados em Medicina.Por
outro lado, houve 31 cursos para os quais nenhum aluno concorreu, sendo
a esmagadora maioria nas áreas de engenharias e em institutos
politécnicos.A nota do MECI acrescenta
que, entre os perto de 50 mil alunos colocados na 1.ª fase, 1.655 serão
beneficiários de escalão A de ação social escolar, dos quais 1.178
conseguiram colocação através desse contingente prioritário.Entraram
ainda 214 estudantes através do contingente prioritário para candidatos
com deficiência (mais 19,6% do que no ano passado) e 402 através do
contingente para emigrantes portugueses, familiares que com eles residam
e lusodescendentes (mais 10,4%).O número
de colocados em instituições localizadas em regiões com menor procura e
menor pressão demográfica diminuiu ligeiramente (2%) e o mesmo aconteceu
nos cursos mais competitivos (com maior número de candidatos em
primeira opção no ano anterior com média acima dos 17 valores), em que
os 4.116 colocados representam menos 19% face ao ano passado.Já
nos cursos apoiados pelo Plano de Recuperação e Resiliência, das áreas
de ciência, tecnologia, engenharia, artes e matemática, o número de
alunos com colocação cresceu 5,5%.Os
estudantes colocados têm agora até quinta-feira para realizar a
matrícula. Aqueles que pretendam podem candidatar-se à 2.ª fase a partir
de segunda-feira e até 04 de setembro, seguindo-se depois a 3.ª fase
entre 21 e 24 de setembro.“Deste modo,
garante-se o início de atividade letiva praticamente em simultâneo para
todos os novos estudantes, evitando a perda de cerca de três semanas de
aulas para estudantes colocados na 2.ª fase e cerca de seis semanas de
aulas para estudantes colocados na 3.ª fase”, sublinha o MECI.