Qualquer prolongamento da concessão dos CTT implica cumprimento das obrigações
4 de nov. de 2020, 20:53
— Lusa/AO online
Pedro Nuno Santos falava na
audição conjunta das comissões parlamentares de Orçamento e Finanças e
da Economia, Inovação, Obras Públicas e da Habitação, no âmbito da
apreciação, na especialidade, da proposta do Orçamento do Estado para
2021 (OE2021).Questionado pelo PCP sobre a
prestação do serviço postal universal dos CTT, que termina no final do
próximo mês, Pedro Nuno Santos afirmou que "qualquer prolongamento que
seja feito para a atual concessão não vai implicar a quebra de qualquer
obrigação anterior".Ou seja, "todas as obrigações terão de ser integralmente cumpridas", asseverou."Não
excluímos qualquer solução para os CTT nesta fase, obviamente que é um
processo independente da negociação de um novo concurso para o contrato
de concessão", referiu."No que diz
respeito aos CTT, há uma coisa que para nós é certa: é que nunca o
Estado português cederá a qualquer tipo de chantagem, faremos uma
negociação com a consciência que representamos o Estado português e os
portugueses", salientou.Os CTT anunciaram
hoje que os lucros caíram 81,1% nos primeiros nove meses deste ano, em
termos homólogos, atingindo 4,3 milhões de euros.O
grupo adiantou, em comunicado à Comissão do Mercado de Valores
Mobiliários (CMVM), que este resultado, atribuível a detentores de
capital, deveu-se entre outros fatores, à redução do EBIT (resultado
antes de juros e impostos) que no mesmo período se fixou em 17,3 milhões
de euros, uma redução de 49,6% face a igual período do ano passado.