Qualidade da água em seis lagoas preocupa Governo dos Açores

22 de mar. de 2023, 17:34 — Lusa

“Esperamos que em 2027 apenas seis das 23 lagoas que existem possam não ter atingido ainda o bom estado de qualidade. Estamos a trabalhar. As lagoas todas que são massas de água relevantes têm os Planos de Ordenamento de Bacia Hidrográfica em vigor”, salientou.Em causa estão as lagoas Verde das Sete Cidades, Furnas, Congro e Santiago, na ilha de São Miguel, e as lagoas Funda e Negra, nas Flores.O secretário regional e o presidente do Governo dos Açores estiveram presentes hoje numa cerimónia para assinalar o Dia Mundial da Água, realizada na Lagoa das Sete Cidades, em Ponta Delgada.Alonso Miguel prometeu “medidas adicionais” para melhorar a qualidade de água das lagoas, mas lembrou que a recuperação de uma lagoa é um “processo lento”, enquanto a sua eutrofização é “relativamente rápida”.“Temos um conjunto de lagoas que preocupam. A lagoa das Furnas, a lagoa do Congro, a lagoa Funda nas Flores, a lagoa de São Brás. Há um conjunto de lagoas que têm um estado trófico que está longe de desejável”, exemplificou o secretário do Ambiente e Alterações Climáticas, Alonso Miguel do Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM).Já o presidente do Governo dos Açores, José Manuel Bolieiro, destacou o “acompanhamento” que é feito quanto à qualidade da água e realçou a executivo está a realizar um “trabalho curativo e preventivo” nas lagoas.“Nós estamos com algumas lagoas, felizmente poucas, em fase oligotrófica, o que é fantástico. Temos outras numa fase mais eutrófico, mas é preciso trabalhar para preservar esse ícone da nossa beleza e da nossa natureza como são as nossas lagoas”, defendeu.O líder regional alertou para os “fenómenos extremos da natureza” provocados pelas alterações climáticas, considerando necessário “cuidar” da água existente na região.“Nos não temos falta de água. Temos é sim de tratá-la, preservá-la e cuidar em reservatório, para compensar períodos de mais pluviosidade ou períodos de mais seca. Também temos de trabalhar sob ponte vista de ordenamento do território a contenção dos riscos que o excesso de pluviosidade pode provocar”, concluiu.