Putin ordena retirada de maior parte das forças russas na Síria
11 de dez. de 2017, 12:04
— Lusa/AO online
“Em
perto de dois anos, as forças armadas russas, em colaboração com o
exército sírio, destruíram em grande parte os terroristas
internacionais. Por isso, tomei a decisão de fazer regressar à Rússia a
maior parte do contingente militar russo que está na Síria”, declarou
Putin, citado pela agência noticiosa russa Interfax.Putin,
recebido na base russa de Hmeimim pelo Presidente sírio, Bashar
al-Assad, o ministro da Defesa russo, Serguei Choigu, e o chefe das
forças russas na Síria, o general Serguei Surovikine, não precisou
quantos soldados russos permanecerão no país. Segundo
um comunicado da presidência síria, Assad agradeceu a Putin a
"participação efetiva" da Rússia na luta "contra o terrorismo",
afirmando que "o que os militares russos fizeram não será esquecido pelo
povo sírio depois do sangue dos seus mártires (russos) se ter juntado
com o dos mártires do Exército Árabe Sírio na luta contra os
terroristas".Na
quinta-feira, Moscovo tinha anunciado a “libertação total” do
território sírio do grupo radical Estado Islâmico, embora a organização
‘jihadista’ mantenha algumas bolsas de resistência no país.“Vocês
voltam vitoriosos a vossas casas, para junto dos vossos familiares,
mulheres, filhos, amigos. A pátria espera-vos meus amigos”, adiantou
Putin, segundo a Interfax.“Se
os terroristas levantarem novamente a cabeça, então atacaremos com uma
força nunca vista”, advertiu, adiantando: “Nunca esqueceremos os mortos e
as perdas causadas pela luta contra o terrorismo, na Síria e na
Rússia”.Lançada
em 2015, a intervenção militar russa na Síria mudou a situação do
conflito, permitindo nomeadamente às forças governamentais recuperar ao
Estado Islâmico a antiga cidade de Palmira e expulsar os rebeldes do seu
bastião em Alepo, no noroeste do país.As
declarações do Presidente russo foram divulgadas várias horas após a
realização do discurso, quando a televisão russa Rossia 24 mostrava já o
avião presidencial no Cairo, onde Vladimir Putin era esperado pelo
Presidente egípcio, Abdel Fatah al-Sisi.