Putin garante que situação na Rússia “está sob controlo total”

19 de abr. de 2020, 12:22 — LUSA/AO online

Numa mensagem de vídeo divulgada pelo Kremlin este domingo, dia em que se comemora a Páscoa ortodoxa, Putin afirmou que “todos os níveis do poder estão a trabalhar a um bom ritmo, de forma organizada e responsável”, acrescentando que “a situação está sob controlo total”.O presidente russo destacou que o país dispõe de “uma economia saudável, forte, potencial científico, o material necessário e uma base altamente profissional no campo dos cuidados médicos”.“Analisámos cuidadosamente a experiência de outros países, interagimos ativamente com os nossos amigos e colegas estrangeiros, entendemos o que se está a passar, vimos os riscos, sabemos o que é preciso fazer e fazemos o que é necessário”, prosseguiu.A luta contra a covid-19, doença respiratória causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, “requer recursos e reservas adicionais e grandes”, mas Putin assegurou que a Rússia tem esses recursos e que os usa “para ajudar as pessoas, as famílias que agora se encontram numa situação difícil”.No dia em que se celebra a Páscoa ortodoxa, o líder russo garantiu que “tudo ficará bem, com a ajuda de Deus”.Depois de um aumento, nas últimas 24 horas, de 6.060 casos positivos, a Rússia aproxima-se dos 43.000 casos de infeção pelo novo coronavírus.O país conta 361 mortes relacionadas com a covid-19.Com uma população de quase 12 milhões de habitantes, Moscovo é a cidade mais afetada pela pandemia, registando, nas últimas 24 horas, 3.570 novos casos da doença que já atingiu 24.324 moscovitas.Segundo as autoridades, o aumento exponencial de casos deve-se à realização de mais testes. Até à data, a Rússia realizou mais de 1,9 milhões de análises à covid-19.A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 160 mil mortos e infetou mais de 2,3 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Em Portugal, morreram 687 pessoas das 19.685 registadas como infetadas.A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.