Se Iulia (Timochenko) considerar a possibilidade e se as autoridades da Ucrânia estiverem de acordo, será com prazer que será recebida para tratamento”, disse, de acordo com imagens da televisão russa.

Timochenko está a cumprir uma pena de sete anos de prisão, por abuso de poder quando chefiava o governo.

Detida desde agosto de 2011 e condenada em outubro a sete anos de prisão, a ex-primeira-ministra ucraniana sofre de problemas na coluna vertebral.

Putin criticou a decisão de responsáveis europeus de não assistirem aos jogos do Euro2012 na Ucrânia, organizado em conjunto com a Polónia, para denunciar a prisão e o tratamento da opositora ucraniana.

“Sobre o campeonato europeu de futebol, considero que não se deve misturar, em qualquer caso, a política, os negócios e outras questões do género com o desporto, é preciso deixar o desporto em paz”, declarou.

“Apoio o princípio do Comité Olímpico Internacional: o desporto está separado da política”, sublinhou.

A missão da União Europeia em Kiev anunciou hoje, na página da rede social Facebook, que todos os comissários europeus vão estar ausentes dos jogos do Euro2012 agendados para a Ucrânia, em protesto pelo tratamento dado a Iulia Timochenko.

A 20 de abril, a ex-primeira-ministra ucraniana iniciou uma greve de fome, recusou-se a ser transferida da prisão de Kahrkov para um hospital local e, posteriormente, acusou a polícia de agressão.

Vários médicos estrangeiros observaram a líder da oposição ucraniana e concluíram que necessita de tratamento hospital fora da prisão, mas Timochenko recusa-se a ser tratada na Ucrânia.

A opositora é agora alvo de um segundo processo por desvio de fundos e fraude fiscal.