Num discurso
televisivo, Putin disse que decidiu lançar a operação militar em
resposta a ameaças de “genocídio” no leste da Ucrânia vindas das
autoridades de Kiev, defendendo que a responsabilidade por um eventual
derramamento de sangue é do “regime” ucraniano.Todos
os militares ucranianos que depuserem as armas poderão deixar com
segurança a zona de combate, prometeu o presidente russo.Putin garantiu que o objetivo não é “a ocupação”, mas sim a “desmilitarização” da Ucrânia.Qualquer
tentativa por parte de outros países de interferir na operação militar
levará a “consequências que eles nunca viram”, avisou o líder russo.Putin
acusou os Estados Unidos e seus aliados de ignorar a exigência russa de
garantias de que a Ucrânia nunca se tornará membro da NATO.Na
quarta-feira, numa entrevista ao canal de televisão norte-americano
NBC, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken garantiu que
a Rússia tinha tudo pronto para lançar uma invasão da Ucrânia e poderia
avançar hoje.Na
segunda-feira, a Rússia reconheceu a independência das regiões de
Lugansk e Donetsk, onde separatistas pró-russos enfrentam o governo
ucraniano desde 2014.Depois
do reconhecimento, o Presidente russo, Vladimir Putin, autorizou o
exército russo a enviar uma força de “manutenção da paz” para Donetsk e
Lugansk, no leste da Ucrânia.