Publicado plano de ordenamento do espaço marítimo dos Açores
16 de out. de 2024, 15:18
— Lusa/AO Online
Em causa está um quadro de base
“para um processo de decisão coerente, transparente e fundamentado, que
permita que as entidades públicas apliquem uma abordagem coordenada e
integrada à ocupação do espaço marítimo, assente no ativo envolvimento
de todas as partes interessadas”.Este
instrumento operacional representa e identifica, a nível regional, a
distribuição espacial e temporal dos usos e das atividades existentes e
potenciais, definindo também os valores mais relevantes para uma gestão
eficaz e para o desenvolvimento sustentável do espaço marítimo.Inclui,
por exemplo, condicionantes, regras, boas práticas e as interações
terra-mar em atividades como a aquicultura, a biotecnologia marinha, a
exploração de recursos energéticos fósseis ou de energias renováveis.O
setor das pescas está integrado em várias vertentes: “Um exemplo é a
abordagem aplicada à espacialização dos portos de classe D da região, no
sentido de acautelar a eventual expansão da infraestrutura portuária e
para evitar a instalação de usos e atividades que possa interferir com a
atividade portuária e com o tráfego de embarcações”, refere o
documento, que indica também, por exemplo, a compatibilidade de
atividades turísticas e de lazer com áreas de património natural
protegido ou com as proximidades de estruturas de defesa costeira.De
acordo com a resolução publicada, aprovada já em julho pelo Conselho de
Ministros, o regime jurídico do ordenamento do espaço marítimo nacional
de 2015 previa a possibilidade de uma elaboração faseada do plano a
nível nacional.Procedeu-se, assim, ao
ordenamento do espaço marítimo para as subdivisões do continente, da
Plataforma Continental Estendida e da Madeira numa primeira fase,
remetendo para uma segunda fase o ordenamento da subdivisão dos Açores.Segundo
a resolução do Governo da República, foi atribuída à Direção Regional
de Políticas Marítimas a elaboração do plano de situação da subdivisão
do arquipélago, que “determinou a composição e regras de funcionamento
da Comissão Consultiva dos Açores”.Esta
comissão “apoiou e acompanhou o desenvolvimento dos trabalhos de
elaboração do referido plano, e a sujeição do plano a procedimento de
Avaliação Ambiental Estratégica”.O
processo de ordenamento da subdivisão dos Açores foi também acompanhado
pela Comissão Interdepartamental para os Assuntos do Mar dos Açores.O
Conselho de Ministros estabelece que a Direção-Geral de Recursos
Marítimos e os organismos das regiões autónomas responsáveis pelo
ordenamento do espaço marítimo “devem cooperar de modo a assegurar a
coordenação necessária para que o processo de ordenamento do espaço
marítimo nacional seja coerente nas quatro subdivisões (continente,
Açores, Madeira e Plataforma Continental Estendida)” e “contribua para a
coesão nacional”.