Publicado novo regime de cooperação entre governo e freguesias dos Açores
8 de ago. de 2024, 17:49
— Lusa/AO Online
“Não
obstante a sua importância no contexto do poder autárquico local,
atenta a sua proximidade aos cidadãos, bem como o aumento das suas
responsabilidades no âmbito das suas atribuições e competências, as
freguesias da região apresentam uma reduzida capacidade técnica e
administrativa”, pode ler-se no diploma, aprovado em julho no parlamento
açoriano e que entra em vigor na sexta-feira.O
executivo regional, liderado pelo social-democrata José Manuel
Bolieiro, decidiu promover uma maior descentralização de competências e
meios financeiros para as autarquias, por entender que esta cooperação
“é mais proveitosa para ambos os poderes” e será também mais benéfica
para as populações.“Nesse alinhamento,
deve promover-se a descentralização, através de cooperação e partilha
dos meios financeiros de investimento, disponíveis no orçamento
regional, para municípios e freguesias”, refere o diploma agora
publicado, acrescentando que esta partilha será baseada em critérios
“objetivos e equitativos, transparentes e escrutináveis, com
previsibilidade e estabilidade”.O diploma
prevê também a criação do Fundo Regional para o Desenvolvimento das
Freguesias dos Açores, determinando ainda o alcance e os procedimentos
necessários para “ampliar e reforçar a cooperação com as freguesias”,
bem como as respetivas áreas de colaboração com a administração
regional.“A operacionalização dos
referidos contratos determina a necessidade de criar um regime jurídico
de cooperação técnica e financeira autónomo, independente do regime
estabelecido para os municípios, uma vez que se trata de realidades
distintas, e com recursos também distintos”, pode também ler-se no
diploma.O decreto legislativo regional foi
aprovado a 11 de julho, por maioria, na Assembleia Legislativa dos
Açores, apenas com as abstenções dos deputados do Chega e da IL.O
presidente do Governo Regional explicou, na ocasião, que o executivo
tem reservado um pacote financeiro, no valor de dois milhões de euros,
já para o corrente ano, destinado a reforçar a cooperação técnica e
financeiras com estas autarquias, para que possam planear os seus
projetos, desenvolver as suas ações e estabelecer as suas próprias
prioridades.