PSD vai propor reajustamentos dos benefícios fiscais

Orçamento de Estado para 2008

10 de out. de 2007, 11:25 — Lusa / AO online

    Patinha Antão falava após a reunião de uma delegação do PSD com os ministros de Estado e das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, e dos Assuntos Parlamentares, Augusto Santos Silva, para conhecerem as principais linhas do OE para 2008.     Escusando-se a avançar mais pormenores sobre da proposta do PSD para as contas do Estado do próximo ano, Patinha Antão acrescentou, no entanto, que o novo líder do partido, Luís Felipe Menezes, vai clarificar a posição e as orientações alternativas no próximo congresso do PSD, que decorre este fim-de-semana.     Um dos pontos mais criticados pelo sociais-democratas, à saída da reunião com Teixeira dos Santos, foi a falta de uma reorientação dos benefícios fiscais para as empresas, nomeadamente PME, que querem apostar no mercado externo e obter ganhos de competitividade, aumentando o peso na economia internacional.     “É aí que temos de ancorar o desenvolvimento” e o crescimento da economia portuguesa, disse Patinha Antão.     Segundo o deputado social-democrata, as previsões para o próximo ano não vão deixar de ter em conta a desaceleração da economia internacional.     “Veremos qual o valor que será inscrito” no Orçamento do Estado para reflectir o desenvolvimento da economia internacional, adiantou Patinha Antão.     O líder parlamentar do PSD, Luís Marques Guedes, que também integrou a delegação social-democrata, defendeu que será “mais difícil conseguir alcançar as metas do OE” em 2008 do que em 2007.     Marques Guedes explicou que a taxa de execução do OE de 2007 até Agosto, onde “há uma derrapagem da despesa corrente”, factor que, juntamente com a situação internacional e a falta de medidas correctivas, vão fazer com que a capacidade de atingir os objectivos orçamentais no próximo ano seja inferior a orçamentos anteriores.     Tal como Patinha Antão, Marques Guedes salientou que “é importante que o Governo reconheça o apelo [do Presidente da República] para reequacionar a política económica”.