PSD/Terceira pede explicações ao Governo dos Açores sobre operação da Ryanair
19 de ago. de 2020, 17:01
— Lusa/AO online
“Fomos recentemente
confrontados com notícias do alegado fim da operação da única companhia
'low-cost' que voa para a Terceira, a partir de janeiro de 2021. E, no
presente momento, com o interregno da única ligação direta existente com
o Porto entre 29 de agosto e 26 de outubro deste ano”, justificou o
vice-presidente da Comissão Política da Ilha Terceira do PSD, Rui
Espínola, citado em comunicado de imprensa.Os
sociais-democratas da ilha Terceira querem que o executivo açoriano
explique se as ligações aérea da Ryanair se vão manter em 2021 e que
revele “o que está a fazer nesse sentido”.Segundo
Rui Espínola, o fim das ligações áreas da Ryanair será “um enorme
retrocesso nas acessibilidades aéreas à ilha Terceira” e provocará “um
aumento do custo das passagens aéreas e dos tempos de viagem para o
continente, devido às escalas, representando uma enorme machadada na
economia local”.“Ao nível do turismo e da
restauração, essa será uma enorme deceção e perda de confiança para
todos os empresários que investiram naquelas áreas, assim como para
todos os terceirenses, que finalmente desfrutavam de maiores e melhores
acessibilidades aéreas”, frisou.O
dirigente social-democrata defendeu que o início da operação da Ryanair
provocou “um aumento considerável nas expectativas dos empresários
ligados ao setor do turismo”, que levou a um crescimento do investimento
privado “para fazer face à expectável procura originada”.“Essa
revolução nas acessibilidades aéreas de e para os Açores só foi
possível a partir de 2015, por via da liberalização do espaço aéreo da
região, levada a cabo por um governo de maioria PSD/CDS”, sublinhou,
alegando que os terceirenses se sentem “enganados” e “traídos”Rui
Espínola considerou ainda que o fim das ligações áreas da Ryanair fere
os princípios emanados na declaração conjunta assinada entre o Governo
da República e o Governo Regional em 2016, “onde é bem clara a promoção
de novas ligações aéreas semanais à Terceira, através de operações
'low-cost', com duas frequências semanais a partir do Porto e quatro de
Lisboa”.Questionada no final de julho pela
agência Lusa sobre eventuais cortes de ligações de e para a Terceira,
fonte oficial da Ryanair respondeu: "Como resultado da atual pandemia
provocada pela covid-19 e das numerosas restrições de viagem impostas
pelos governos, estamos atualmente a rever os nossos horários de inverno
2020".