PSD diz que o Governo Regional vive fechado no seu reduto político-partidário
27 de nov. de 2017, 13:03
— Lusa/AO online
“Os
documentos orçamentais da autoria do Governo Regional que aqui estão,
para serem debatidos e votados, e todo o discurso governamental feito em
seu redor, revelam bem como estamos perante um Governo Regional que
vive fechado no seu reduto político-partidário, insensível às propostas
dos parceiros sociais, às críticas dos representantes do poder local e
dos conselhos de ilha”, afirmou o deputado social-democrata Luís
Maurício.O
parlamentar fazia a primeira intervenção do partido no debate das
propostas de Plano e Orçamento regionais para 2018, que hoje começou na
Assembleia Legislativa Regional, na Horta, ilha do Faial.Luís
Maurício, um dos vice-presidentes da bancada parlamentar do PSD, o
maior partido na oposição, destacou que “a credibilidade dos documentos
em causa é confrangedora”.“É
ver os projetos e propostas que se sucedem no papel e que se repetem,
ano após ano, e até alguns que acabam por ser simplesmente abandonados. É
ver e ouvir a falta de esperança que os parceiros sociais depositam
nestes documentos. É ler os pareceres negativos dos diversos conselhos
de ilha”, desafiou, citando depois o padre António Vieira: “Palavras sem
obra são tiros sem bala… Para falar ao vento, bastam palavras”. Antes,
Luís Maurício referiu que nos Açores há “governo a mais na orientação e
comando da sociedade”, exemplificando com a administração regional,
concertação social, estatística, inspeções regionais ou empresas do
setor público. “Temos
governo a mais na taxação de impostos sobre o rendimento das famílias e
das empresas, mas há soluções a menos no combate à toxicodependência,
na proteção dos idosos, numa educação de sucesso, numa atempada
prestação de cuidados de saúde ou no combate aos riscos de corrupção”,
declarou.Segundo
o deputado, “o Orçamento para 2018 reflete um rumo de governação da
região que tem vindo a ser desenvolvido há anos, o qual põe ênfase, no
dizer de Jaime Gama [PS], ‘na sustentação da galáxia que constitui o
funcionalismo da administração regional, o agregado de empresas públicas
regionais ou de entidades parapúblicas, que funcionam como pagadorias
de políticas regionais’”.“Estamos
perante um modelo – e continuo a citar Jaime Gama - que pela rotina
asfixia as potencialidades regionais e não responde às exigências da
atual situação”, adiantou Luís Maurício.Enumerando
um conjunto de propostas de alteração que o PSD vai apresentar, Luís
Maurício advertiu que “um Orçamento que não melhore a vida dos
açorianos, ignore a necessidade de maior transparência na atividade
governativa, recuse medidas de prevenção da corrupção e não responda aos
desafios da economia privada e da sociedade civil, não merecerá o apoio
do PSD/Açores”.