PSD diz que não pede resultados e “aceita a vontade do povo”
Açores/Eleições
22 de out. de 2020, 10:30
— Lusa/AO Online
“A
democracia faz-se com o respeito da vontade do povo. Nós não pedimos ao
povo, nós aceitamos a vontade do povo e obviamente que o nosso projeto é
de governar, com competência em primeiro lugar e com estabilidade em
seguida”, afirmou José Manuel Bolieiro.O
presidente do PSD regional, cabeça de lista pelo círculo de São Miguel,
reagia às declarações do presidente do PS/Açores e atual chefe do
Governo Regional, que considerou que uma maioria absoluta do PS nas
eleições de domingo é "sem sombra de dúvida" a melhor garantia de defesa
dos açorianos no atual contexto pandémico.Bolieiro
falava aos jornalistas após uma ação de rua no centro da Vila do Corvo,
na mais pequena ilha do arquipélago, com cerca de 465 habitantes.Segundo disse, o PSD representa uma “mudança serena”, que irá manter “aquilo que está bem” e corrigir o que “está mal”.“O
PSD representa uma mudança serena, que fará bem o que está bem,
mantendo por isso aquilo que está bem, mas que há de corrigir e ser
reformista naquilo que está mal. Será sempre uma mudança para melhor,
serena, tranquila”, afirmou.Uma comitiva
do PSD/Açores chegou hoje ao início da tarde à ilha do Corvo no âmbito
da campanha eleitoral para as regionais de 25 de outubro.José
Manuel Bolieiro, acompanhado pelo cabeça de lista do partido pela ilha,
Luís Pimentel, distribuiu canetas e gel desinfetante pelos habitantes
da ilha.No contacto com os corvinos, José
Manuel Bolieiro alertou para a importância de combater a abstenção e
salientou, por várias vezes, que “nenhuma ilha pode ficar para trás”.“No
nosso desenvolvimento, nenhuma ilha pode ficar para trás. É preciso
garantir uma unidade dos Açores com valor de cada uma das ilhas. É este o
nosso projeto. Garantir que, numa estratégia global para os Açores, se
incluam todas as ilhas”, apontou.Sobre a
ilha do Corvo, Bolieiro disse ser necessário apostar nas
acessibilidades, “aproveitar a excelência dos produtos e da capacidade
produtiva da ilha” e garantir o “acesso à saúde” aos corvinos, dando o
exemplo da “vontade do povo em ter um médico” na ilha.O
antigo presidente da Câmara de Ponta Delgada vai pernoitar hoje na mais
pequena ilha açoriana, para demonstrar que o Corvo “não é uma ilha de
passagem”.“O Corvo não é uma ilha de
passagem, é também para estar. A pernoita representa isso. Não estou de
passagem pelo Corvo, vim para estar no Corvo. Por isso, quero deixar
essa palavra de reconhecimento e apreço pelos corvinos. Também quero ser
corvino quando estou no Corvo”, apontou.Ao
todo, são 13 as forças políticas que se candidatam aos 57 lugares da
Assembleia Legislativa Regional: PS, PSD, CDS-PP, BE, CDU, PPM,
Iniciativa Liberal, Livre, PAN, Chega, Aliança, MPT e PCTP/MRPP.Nas
anteriores legislativas açorianas, em 2016, o PS venceu com 46,4% dos
votos, o que se traduziu em 30 mandatos no parlamento regional, contra
30,89% do segundo partido mais votado, o PSD, com 19 mandatos, e 7,1% do
CDS-PP (quatro mandatos).O BE, com 3,6%, obteve dois mandatos, a coligação PCP/PEV, com 2,6%, um, e o PPM, com 0,93% dos votos expressos, também um.