PSD diz que é “momento de estudar” e remete sentido de voto para próxima semana
OE2021
13 de out. de 2020, 11:34
— Lusa/AO Online
“Recebemos o Orçamento e ouvimos o ministro
das Finanças. Vamos estudá-lo, vamos trabalhar sobre ele, estão
agendadas jornadas parlamentares do PSD para dia 21 e será nessa altura,
tal como aconteceu no ano passado, que transmitiremos a nossa posição
mais detalhada sobre o Orçamento do Estado”, afirmou o vice-presidente
da bancada do PSD Afonso Oliveira, em declarações aos jornalistas no
parlamento.Questionado se esse será o
momento para o partido anunciar o seu sentido de voto na generalidade, o
deputado respondeu afirmativamente.“Será o
momento certo para tomarmos posição”, referiu, dizendo que “até lá é
momento de estudar, de avaliar as propostas do Governo, de estudar com
detalhe”.Questionado se o PSD ficou mais
esclarecido após a conferência de imprensa do ministro das Finanças,
João Leão, sobre a situação do Novo Banco, Afonso Oliveira reiterou o
que tinha disso antes.“Seria fácil
responder às vossas questões, mas é mais responsável da nossa parte
estudar o Orçamento do Estado com detalhe e, na altura certa, tomarmos
uma posição”, sublinhou.O deputado
social-democrata recordou que as jornadas parlamentares do PSD
contemplam precisamente um debate sobre o Orçamento do Estado, marcado
para dia 21 à tarde, sendo depois encerradas pelo presidente do PSD, Rui
Rio.O PSD vai realizar jornadas
parlamentares a 20 e 21 de outubro, no primeiro dia descentralizadas
pelos círculos eleitorais e no segundo com os deputados concentrados no
Vimeiro, concelho da Lourinhã (Lisboa), para debater o Orçamento do
Estado.Também em relação ao Orçamento do
Estado para 2020, foi exatamente numas jornadas parlamentares de um dia,
realizadas na Assembleia a República, que Rui Rio anunciou o voto
contra o documento, as razões dessa decisão e a forma como o partido se
iria posicionar no debate.A proposta do
Governo de Orçamento do Estado para 2021 prevê uma recessão de 8,5% este
ano e um crescimento da economia de 5,4% no próximo.No
documento, entregue à Assembleia da República pelo ministro das
Finanças, João Leão, na segunda-feira à noite, o Governo estima que a
economia volte a crescer 3,4% em 2022, “ano em que se alcança um nível
de PIB equivalente ao registado no período pré-crise pandémica”.Segundo
a proposta de Orçamento, também será em 2022 que Portugal voltará a
cumprir as regras impostas por Bruxelas relativas ao défice orçamental,
que deverá atingir 7,3% do PIB em 2020, 4,3% em 2021 e 2,8% em 2022.O
Governo estima que o rácio da dívida pública registe uma melhoria em
2021, passando a representar 130,9% do PIB, depois de atingir os 134,8%
em 2020.Quanto ao desemprego, este ano deverá subir até uma taxa de 8,7%, descendo em 2021 para os 8,2%.