Autor: Lusa/AO Online
A iniciativa legislativa foi apresentada na Vila da Madalena, no Pico, numa conferência de imprensa em que o deputado Marco Costa explicou que se pretende, “para além de avaliar a gestão e o aproveitamento dos recursos hídricos do Pico, atentar às fragilidades motivadas pela exploração por perfuração e a sobre-exploração, que resultam em ocorrências de intrusão salina, prejudicando em muito a qualidade da água”.
“A situação da Lagoa do Paul é um exemplo de como, mesmo com reservas e balanços favoráveis, temos muitas debilidades na gestão dos nossos recursos hídricos”, sublinhou o parlamentar, citado num comunicado de imprensa.
O deputado do PSD na Assembleia Legislativa Regional dos Açores defendeu que “qualquer ação a desenvolver naquele local deve prever avaliações espaciais e levantamentos de campo favoráveis ao aproveitamento da sua água, cujos níveis médios apresentam perdas por défice de impermeabilização"
“Qualquer ação a desenvolver naquele local deve prever avaliações espaciais e levantamentos de campo favoráveis ao aproveitamento da sua água, cujos níveis médios apresentam perdas por défice de impermeabilização", disse.
Pretendemos que o Governo "estude as potencialidades do seu aproveitamento hidrológico, numa convergência do abastecimento à população, o abastecimento para fins agropecuários e a produção de energia, garantida entre os departamentos oficiais com competência na área da Agricultura, Recursos Hídricos, Energia e também a EDA [Eletricidade dos Açores], como parceiro”, acrescentou.
PSD, CDS-PP e PPM defendem “uma reflexão rigorosa dos custos energéticos" envolvidos na captação e na distribuição de água para a população e para as várias atividades económicas.
O deputado Marco Costa referiu que os Açores têm "elevados níveis de pluviosidade, principalmente em altitude, pelo que se devem avaliar as formas de disponibilização de um importante recurso como é a água", tendo por base "os mais elevados padrões de equilíbrio ecológico”.
O social-democrata disse ser também necessário que o Governo crie “um grupo de trabalho, para avaliar potenciais modelos de financiamento para estas novas realidades".
Posteriormente, caberia à tutela elaborar "um plano de investimentos", tendo em conta "as conclusões do estudo previsto e do próprio grupo de trabalho", explicou Marco Costa.