PSD, CDS-PP e PPM destacam coesão do Governo dos Açores

13 de nov. de 2021, 11:31 — Lusa /AO Online

No discurso de encerramento das jornadas parlamentares, que decorreram numa unidade hoteleira em Ponta Delgada, o líder do PSD/Açores e do Governo Regional, José Manuel Bolieiro, realçou a coesão do executivo promovida por um “espírito de missão”.“Quem participou na afirmação desta alternativa tem de se rever e confirmar solidamente este rumo de alternativa (…). Estou convicto de que a coesão deste governo é inequívoca. Nós não discutimos protagonismos. Nós discutimos ações”, declarou o social-democrata.Bolieiro considerou “inovadora” a atuação do Governo que, com “humildade democrática”, fez da anteproposta de Plano e Orçamento um “rascunho para a auscultação” da sociedade.“Estas forças políticas, e este governo em particular, está ao serviço dos Açores e dos açorianos e não ao ziguezague do protesto de circunstância ou da ameaça de instabilidade. Procuramos assegurar com responsabilidade democrática a estabilidade e um rumo”, apontou.Bolieiro criticou a oposição, que está “inquieta com o sucesso deste governo”, e salientou que o executivo não promove uma “governação de manutenção no poder”.“Ao contrário de uma opção governativa que quer fazer da atividade pública o domínio e o dominante das pessoas, das instituições, das empresas, nós revertemos esse modelo de governação”, apontou, referindo-se aos anteriores governos do PS.O social-democrata destacou a redução fiscal implementada pelo executivo, uma medida que “a oposição de esquerda não concorda porque prefere no bolso do gestor público o dinheiro que é da economia e das famílias”.“É preciso que as pessoas decidam se querem esse rumo ou outro porque nós, deste lado, sabemos o que queremos. Já fazemos parte do que queríamos e não nos vamos desviar desse rumo”.Bolieiro disse ainda que o atual executivo, que tomou posse em novembro de 2020 (após 24 anos de governações do PS), encontrou uma gestão com “dívida declarada e não declarada”, considerando-a “assustadoramente inibidora”.“Tem por isso moral, política e cívica quem não foi capaz de fazer dizer mal de quem já fez em tão pouco tempo melhor do que aquilo que fizeram?”, questionou.O líder do CDS-PP/Açores e vice-presidente do governo, Artur Lima, reforçou que os partidos que suportam o executivo estão “coesos” e elogiou o Orçamento da região que vai ser votado no final do mês no parlamento regional.“Quem achar que este Orçamento é mau, que este Orçamento não serve o povo, vota contra. É só isso que tem de fazer. E depois assumam as consequências”, afirmou.Artur Lima, que tutela a Solidariedade Social, considerou a habitação um “investimento prioritário”, para “responder à habitação social”, à “habitação degradada”, à “classe média” e “fixar pessoas”.O centrista revelou que o governo vai “iniciar os processos” para disponibilizar “cerca de uma centena de habitações para arrendamento com opção de compra”.“Temos um orçamento equilibrado para dar resposta às pessoas”, assinalou.O líder do PPM/Açores, Paulo Estêvão, elogiou a “união” e a “massa crítica” no interior da coligação, salientando que a proposta de Orçamento da região para 2022 é “credível”.“No final do ano, apesar de este governo só ter contado com Orçamento a meio do ano, e apesar de todas as circunstâncias, vamos ter um grau de execução orçamental superior ao que se registou nos últimos quatro anos”, concluiu.