PSD acusa câmara da Praia da Vitória de se financiar com as juntas de freguesia
29 de nov. de 2018, 11:47
— Susete Rodrigues/AO Online
Os
presidentes das juntas de Lajes, Biscoitos, Agualva e Fontinhas
lembraram o seu voto contra a proposta, “apresentada em Assembleia
Municipal, de aumentar em 10% o valor a transferir, em 2019, para as
juntas de freguesia do concelho”.
Para
César Toste, Luís Vieira, Hélio Rocha e Paulo Sousa, “essa
delegação de competências não é um apoio da câmara às juntas
de freguesia, mas sim o pagamento para que estas desenvolvam tarefas
da responsabilidade da autarquia, como a limpeza de vias municipais
ou de zonas balneares”, explicaram.
Hélio
Rocha, presidente da junta de freguesia da Agualva, considera que a
proposta de aumento de 10% é “um autêntico embuste” adiantando
que “se compararmos com o primeiro acordo assinado - entre a CMPV e
as suas juntas de freguesia - constata-se uma redução de verbas de
66 mil 708 euros (em 2013) para 61 mil 749 euros (em 2019)”.
Segundo
adiantaram, o orçamento da CMPV para 2019 “ronda os 18 milhões de
euros. Ou seja, graças ao trabalho quase gratuito das suas juntas de
freguesia, gastará apenas 61 mil 749 euros, isto é, uns irrisórios
0,34% do seu orçamento para tarefas da sua responsabilidade como a
limpeza de todas as vias municipais, zonas ajardinadas, espaços
exteriores das escolas primárias, ribeiras em áreas urbanas,
caminhos agrícolas e zonas balneares”.
“Pelo
que o aditamento sugerido para 2019, de 10%, representa uma verba
quase insignificante – em alguns casos, menos de 1 euro por dia -,
dado que parte de uma base de incidência ridiculamente baixa. E nem
sequer compensa o agravamento dos custos relativos à aquisição de
combustível e de perecíveis, necessários ao desempenho dessas
funções”, esclarecem os presidentes de junta.