PSD/Açores responsabiliza Governo da República por problemas na academia açoriana
9 de jan. de 2019, 17:59
— Lusa/AO Online
Cláudio Almeida, que esteve hoje presente na
sessão solene dos 43 anos da instituição, recorda que a academia, que
“chegou a ter um défice zero, está, deste que o atual Governo da
República tomou posse, a passar por dificuldades financeiras”.“Este
Governo da República despreza a Universidade dos Açores, ao recusar
assumir os encargos do serviço da dívida do empréstimo contraído pela
instituição em 2012, conforme foi acordado entre as partes”, afirmou o
dirigente social-democrata, citado em nota de imprensa do partido.O
vice-presidente referiu que a Universidade dos Açores fechou o ano de
2018 com um défice de 800 mil euros, “podendo a situação financeira
piorar em 2019, dado que a instituição precisa de receitas
extraordinárias para cumprir as suas obrigações com os trabalhadores”.“Segundo
o senhor reitor, a Universidade precisa, em 2019, de uma receita
extraordinária de 260 mil euros para continuar a pagar as valorizações
remuneratórias, 180 mil para a contratação de investigadores e 350 mil
para garantir a aplicação do programa de regularização extraordinária
dos vínculos precários”, disse.Para o
dirigente do PSD/Açores, a academia açoriana “não estaria a passar por
estas dificuldades se o Governo da República cumprisse com as suas
obrigações”, tendo criticado o “silêncio” do Governo Regional nesta
matéria, alegando que o executivo açoriano “coloca as fidelidades
partidárias à frente das necessidades da Universidade dos Açores”.“Trata-se
de mais uma prova de que este Governo Regional não está ao lado da
nossa Universidade, como se vê pela sistemática recusa em financiar a
totalidade dos custos da tripolaridade, tal como o PSD/Açores tem vindo a
propor, afirmou.João Luís Gaspar, reitor
da academia açoriana, disse na sessão evocativa dos 43 anos da
instituição que a Lei do Orçamento do Estado para 2018 determinou o
pagamento das valorizações remuneratórias ao pessoal de carreira, mas o
Governo da República “só transferiu para as universidades 40% das verbas
necessárias” para fazer face a esta despesa.“Mesmo
assim, a Universidade dos Açores procedeu à regularização de todas as
situações com verbas próprias, mas tal só foi possível porque os 150 mil
euros que a instituição tinha disponíveis para pagar ao Estado a última
prestação do empréstimo contraído em 2012 foram utilizados para pagar
aos trabalhadores da academia o lhes era devido”, referiu o responsável.Sem
o reforço orçamental necessário, declarou, “era uma questão de opção”,
que passou por "ficar a dever ao Estado o mesmo que o Estado deve à
Universidade dos Açores”.O reitor referiu
que o Governo da República, pelo "segundo ano consecutivo", não suportou
o saldo da dívida do empréstimo contraído pela universidade, como
prometido na anterior legislatura.