PSD/Açores reivindica 10 ME para ligações aéreas não liberalizadas
OE2023
11 de out. de 2022, 17:28
— Lusa/AO Online
Em
declarações à Lusa e à RTP/Açores, em Ponta Delgada, Luís Maurício
referiu que, embora se “reconheça uma linha orçamental de solidariedade
para a coesão territorial das diferentes ilhas dos Açores - o mesmo é
dizer um principio que reconhece a possibilidade das ligações aéreas
entre o continente e o Pico, Faial e Santa Maria - a sua dimensão (3,5
milhões de euros) não satisfaz”.A proposta
de OE conhecida na segunda-feira prevê a transferência, para a
companhia área açoriana SATA, de uma verba de 3,5 milhões de euros,
destinada a “assegurar os serviços aéreos regulares, nas rotas não
liberalizadas, entre o continente e a Região Autónoma dos Açores, e
entre esta e a Região Autónoma da Madeira".As
ligações aéreas Lisboa-Santa Maria-Lisboa, Lisboa-Pico-Lisboa,
Lisboa-Horta-Lisboa e Funchal-Ponta Delgada-Funchal são efetuadas, desde
2015, sem quaisquer comparticipações financeiras, e alegadamente com
prejuízo.“O valor de 3,5 milhões de euros
inscritos no OE não chega para assegurar o cumprimento desse princípio
de solidariedade nacional para com o Pico, Faial e Santa Maria. Julgamos
que 10 milhões de euros será o valor adequado para garantir as ligações
aéreas entre o continente e essas três ilhas dos Açores, abrangidas
pelas obrigações de serviço público”, declarou Luís Maurício.O
vice-presidente do PSD/Açores apontou que as transferências do OE para
os Açores “cumprem aquilo que diz a Lei de Finanças das Regiões
Autónomas, embora seja de salientar que, em relação às verbas
transferidas em 2021, representam uma perda de 13 milhões de euros”.“Isso significa que há que trabalhar no sentido da reforma da Lei de Finanças das Regiões Autónomas”, afirmou.Luís
Maurício defendeu que, no caso da substituição dos cabos submarinos, “é
importante que, de uma vez por todas, o Governo da República cumpra e
assuma a totalidade do investimento”.O
dirigente social-democrata considerou que o partido está numa “fase
inicial de avaliação do OE e, naturalmente, haverá oportunidade para, na
Assembleia da República, os deputados do PSD apresentarem propostas de
alteração que convirjam com os interesses dos Açores”. Luís
Maurício lamentou que o OE não tenha verbas contempladas para os
estabelecimentos prisionais de Ponta Delgada e Horta, afirmando que
“este é um assunto que já tem barbas”, sendo que os açorianos “estão
habituados ao longo dos diferentes governos, independentemente da cor
política, a que estas não sejam concretizadas”.“Esperamos
que, tal como assinalou o presidente do Governo dos Açores, aquando da
visita da ministra da Justiça, que se passe das palavras aos atos. Já se
falou demais. Agora é preciso fazer”, afirmou o dirigente do
PSD/Açores.