PSD/Açores reitera transparência de processo das Agendas Mobilizadoras
31 de out. de 2022, 18:29
— Lusa/AO Online
Em comunicado, os
sociais-democratas defendem que a comissão de inquérito à
operacionalização das verbas das Agendas Mobilizadoras na região
“concluiu os seus trabalhos sem que tivessem sido comprovadas as
acusações feita pelo PS”.“Estão assim
liminarmente afastadas todas as suspeitas levantadas pelo PS acerca
deste processo, nomeadamente quanto ao cumprimento dos princípios da
transparência, imparcialidade, legalidade e da igualdade”, afirmou o
deputado António Vasco Viveiros, citado na nota de imprensa.A
comissão de inquérito à Operacionalização das Agendas Mobilizadoras do
PRR nos Açores terminou hoje sem relatório, após a proposta do relator
(PS) e as alterações sugeridas pela coligação PSD/CDS-PP/PPM terem sido
reprovadas.Para o PSD dos Açores, o atual
ministro da Economia e do Mar, Costa Silva, e os ex-ministros do
Planeamento e Economia do Governo da República do PS, Nelson Souza e
Siza Vieira, respetivamente, “desmentiram”, durante as audições, a “base
da argumentação do grupo parlamentar do PS/Açores”.O
partido que lidera o Governo dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM) advoga que
ficou comprovado que as candidaturas às Agendas Mobilizadoras “não eram
abertas a todas as empresas, mas sim seletivas e dirigidas a um número
nunca superior a 20 projetos nacionais”.Os
sociais-democratas enalteceram ainda a “absoluta transparência”
demonstrada pelo Governo Regional, criticando a “teoria conspirativa do
PS” sobre o processo.A proposta
de relatório apresentada hoje em comissão pela mesa, elaborado pelo
deputado Carlos Silva (PS) foi rejeitada, depois de a votação ter ficado
empatada por duas vezes, devido aos votos a favor de BE, PS e PAN, e
contra do PSD, Chega, CDS-PP e PPM (a IL não esteve presente na
reunião).Os partidos que integram o
Governo dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM) apresentaram várias propostas de
alteração ao relatório, que também foram reprovadas, após empates
sucessivos na votação: PSD, Chega, CDS-PP e PPM votaram a favor,
enquanto PS, BE e PAN votaram contra.Segundo
a lei que regula as comissões de inquérito na Assembleia dos Açores,
“quando a comissão de inquérito não aprova um relatório final, o
presidente da comissão elabora uma informação, dirigida ao presidente da
Assembleia Legislativa, relatando as diligências efetuadas e as razões
da não aprovação do relatório”.A comissão
de inquérito às agendas mobilizadoras foi aprovada por unanimidade no
parlamento açoriano em outubro de 2021, depois de vários partidos terem
questionado a gestão feita pelo Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM) às
verbas previstas no PRR para o arquipélago ao abrigo daquele programa.Em
causa estava uma alegada verba inicial de 117 milhões de euros,
financiada pelo PRR, destinada a projetos de inovação, turismo e
agroindústria, a que poderiam candidatar-se as empresas açorianas que
apresentassem projetos em consórcio.