PSD/Açores quer 1.000 a 1.200 ME do Fundo de Recuperação para a região
UE/Cimeira
22 de jul. de 2020, 15:10
— Lusa/AO Online
José
Manuel Bolieiro, que se reuniu com a direção da Associação Agrícola dos
Açores, na Ribeira Grande, declarou aos jornalistas que se estima que a
quebra do Produto Interno Bruto (PIB) seja “muito significativa”. Por
isso, acrescentou, “tendo em conta os valores assumidos para Portugal, é
justo reivindicarmos em nome dos Açores que o valor a atribuir para
este período possa ascender aos 1.000 milhões a 1.200 milhões e com isso
podermos fazer a recuperação dos prejuízos que a covid trouxe à
economia e à sociedade”.O Conselho Europeu
aprovou na madrugada de terça-feira um acordo para retoma da economia
comunitária pós-crise covid-19, num pacote total de 1,82 biliões de
euros.Deste Fundo de Recuperação, 390 mil
milhões de euros serão atribuídos em subvenções (transferências a fundo
perdido) e os restantes 360 mil milhões em forma de empréstimo.Ao
todo, Portugal vai arrecadar 45 mil milhões de euros em transferências
nos próximos sete anos, montante no qual se incluem 15,3 mil milhões de
euros em subvenções no âmbito do Fundo de Recuperação e 29,8 mil milhões
de euros em subsídios do orçamento da União Europeia a longo prazo
2021-2027. O dirigente do PSD/Açores
referiu que tanto no Fundo de Recuperação como no quadro financeiro
plurianual 2021-2027 “é preciso abrir o debate à sociedade” e promover a
“concertação com os parceiros sociais para uma aplicação estratégica
destes meios financeiros”. José Manuel
Bolieiro revelou que os eurodeputados do PSD, por sua sugestão, vão
avançar com uma proposta no Parlamento Europeu para fixar a taxa de
cofinanciamento financeiro para os projetos no âmbito do desenvolvimento
rural em 85%.“É uma desilusão que, ao
contrário do que foi anunciado para o desenvolvimento rural, a taxa de
cofinanciamento que está em cima da mesa é, afinal, de 80%", disse.Ao
comentar na terça-feira os resultados do Conselho Europeu, o presidente
do Governo dos Açores, Vasco Cordeiro, socialista, destacou ter sido
possível manter as taxas de cofinanciamento nos 85% para as regiões no
âmbito da política de coesão, não tendo referido em específico o
desenvolvimento rural.