PSD/Açores propõe comparticipação de custos de eletricidade de IPSS e misericórdias
15 de nov. de 2017, 09:17
— Lusa/AO Online
“Estamos a
desenhar um programa, que vamos apresentar no âmbito da discussão
orçamental – o apoio energético solidário – que se destina às
misericórdias e às IPSS, para apoiar numa determinada percentagem os
consumos energéticos”, disse Duarte Freitas, em declarações aos
jornalistas, no final de uma reunião com o presidente da União Regional
de Instituições Particulares de Solidariedade Social dos Açores
(URIPSSA), na Praia da Vitória, ilha Terceira.Segundo
Duarte Freitas, a iniciativa pretende dar resposta às dificuldades
financeiras das instituições, mas tem também uma responsabilidade
ambiental.“Prevê
não só um apoio de uma percentagem da fatura energética, mas também,
com referência a 2016, haver majorações para aquelas entidades que
provem eficiência energética”, apontou.Segundo
o presidente da URIPSSA, João Canedo, as instituições reivindicam a
comparticipação do Governo Regional não apenas nas despesas com
eletricidade, mas também com água e gás. “Estamos
a falar de instituições sem fins lucrativos. Não era para termos mais
dinheiro, era para fazermos face aos encargos para termos melhor
qualidade de serviço”, salientou.O
presidente da URIPSSA defendeu, também, um reforço de verbas para estas
instituições no Orçamento regional para 2018, tendo em conta que os
valores do contrato-programa não são atualizados desde 2014, mas o
salário mínimo já aumentou várias vezes desde então. O
Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública e de Entidades com
Fins Públicos (SINTAP) denunciou, esta semana, um atraso nas
transferências financeiras do Governo Regional para as IPSS e
misericórdias com jardins-de-infância, relativas ao período entre maio e
junho deste ano, o foi confirmado à Lusa por fonte oficial da
Secretaria Regional da Educação e Cultura.João
Canedo disse que já tinha alertado o secretário regional da Educação em
setembro para a preocupação das IPSS em receberem as transferências no
mês acordado.“O
senhor secretário disse, na altura, que tinha já desbloqueado a
situação, mas não sabia se as verbas seriam desbloqueadas este ano”,
adiantou. Os deputados do PSD entregaram, entretanto, um requerimento no parlamento dos Açores questionar a tutela sobre esta matéria.“É
lamentável que isso aconteça, até porque não é a primeira vez, este
ano, que há uma denúncia por parte do SINTAP e que se verifica que há
este atraso. Importa saber porquê a ocorrência destas situações e para
quando a regularização da verba”, salientou a deputada Mónica Seidi.O
Plano e Orçamento da Região para 2018 serão discutidos e votados entre
28 e 30 de novembro, na Assembleia Legislativa, onde o PS tem maioria
absoluta.