PSD/Açores critica Vasco Cordeiro por comentários sobre oposição
Europeias
22 de mar. de 2019, 09:57
— Lusa/AO Online
"Estamos
a defender em primeiro lugar os Açores e só depois o partido (...).
Claramente, o senhor presidente do Governo [Regional] e do PS/Açores
deveria estar mais preocupado em governar do que em comentar a vida
política dos seus adversários", declarou Alexandre Gaudêncio.O
chefe dos sociais-democratas açorianos, e também presidente do
PSD/Açores, falava após ter estado presente, enquanto autarca, numa
cerimónia no matadouro de São Miguel, sessão que contou também com o
presidente do Governo Regional, Vasco Cordeiro.O chefe do executivo, e também líder do PS/Açores, disse à
agência Lusa que o episódio da integração ou não de Mota Amaral na lista
para as eleições europeias representou uma "fragilização partidária" do
PSD."Há uma clara fragilização partidária
e há um perfeitamente escusado aproveitamento pessoal, pessoal no
sentido do aproveitamento da pessoa", declarou Vasco Cordeiro, sem
querer aprofundar comentários em torno de questões de outros partidos
que não o seu.Para o presidente do
PSD/Açores, o que "fragiliza" a autonomia é, por exemplo, a "má gestão
dos dinheiros públicos, que tem que ver com as suspeitas de corrupção no
setor público empresarial", referindo-se Alexandre Gaudêncio
implicitamente às investigações em curso na Associação de Turismo dos
Açores (ATA)."O que fragiliza a autonomia é tudo aquilo que não se tem conseguido a bem dos açorianos", prosseguiu o líder do PSD/Açores.O PSD/Açores anunciou já que não vai fazer campanha para as europeias de maio.De
acordo com a secretária-geral dos sociais-democratas açorianos, Sabrina
Furtado, ao não integrar Mota Amaral em lugar elegível na lista do
partido para o Parlamento Europeu, Rui Rio promoveu um “declarado e
consciente ataque à autonomia dos Açores”. O
líder nacional queria que o fundador do PSD e antigo presidente da
Assembleia da República figurasse em oitavo lugar na lista, posição que,
a avaliar pelas sondagens, não será elegível.Mota
Amaral e a estrutura regional do PSD recusaram aceitar o lugar apontado
por Rui Rio e os Açores não indicaram nenhum outro nome para a lista
nacional, o que acontece pela primeira vez em cerca de 30 anos.