PSD/Açores critica PS por "vingança mesquinha" e acusações "sem fundamento" ao CESA
4 de nov. de 2022, 10:17
— Lusa/AO Online
“O ataque à independência do Conselho
Económico e Social dos Açores [CESA] não passa de uma vingança mesquinha
do PS pelo parecer globalmente positivo que este órgão deu às propostas
de Orçamento e Plano da Região para 2023”, indica o grupo parlamentar
do PSD na Assembleia Legislativa Regional, em comunicado.O
PS/Açores criticou hoje os presidentes do Governo Regional
(PSD/CDS-PP/PPM), o social-democrata José Manuel Bolieiro, e do CESA,
Gualter Furtado, por não terem atuado para “corrigir o que se impunha
corrigir” no processo das Agendas Mobilizadoras do Plano de Recuperação e
Resiliência (PRR).A vice-presidente do
grupo parlamentar do PS Andreia Cardoso falava em conferência de
imprensa depois de, na segunda-feira, a comissão de inquérito à
Operacionalização das Agendas Mobilizadoras do PRR nos Açores terminar
sem relatório, após a proposta do relator (PS) e as alterações sugeridas
pela coligação PSD/CDS-PP/PPM terem sido reprovadas.Para
o PSD, “as acusações sem fundamento do PS ao presidente do CESA
constituem um ataque à independência daquele órgão representativo da
sociedade açoriana”. “O PS sempre desprezou e continua a desprezar a independência das instituições”, lamentam os sociais-democratas.O
PSD diz ainda que “o PS de Vasco Cordeiro [ex-presidente do Governo
Regional e atual líder dos socialistas açorianos], angustiado pela perda
do poder, limita-se a criticar tudo e todos, independentemente do
assunto”. “Falar mal é a razão de existir deste PS”, acusam os social-democratas.O
grupo parlamentar diz ver com “profunda preocupação que o PS, enquanto
força partidária muito relevante no contexto da democracia açoriana”,
esteja “reduzido a um mero partido de protesto, devido ao comportamento
errático de Vasco Cordeiro”. “Deve preocupar qualquer democrata o beco sem saída para onde Vasco Cordeiro conduz o PS”, acrescentam.De
acordo com o grupo parlamentar do PSD, “a ação política do PS, marcada
pela crítica permanente e por uma absoluta falta de propostas, apenas
pretende desviar as atenções das boas medidas que o Governo dos Açores
apresenta no Orçamento para 2023”.Como
exemplos, o PSD cita o “reforço sem paralelo dos apoios sociais às
famílias e a redução do IRC para as pequenas e médias empresas”.Em
causa, no processo das Agendas Mobilizadoras, estava uma alegada verba
inicial de 117 milhões de euros, financiada pelo PRR, destinada a
projetos de inovação, turismo e agroindústria, a que poderiam
candidatar-se as empresas açorianas que apresentassem projetos em
consórcio.A comissão de inquérito foi pedida por PS, BE, PAN e IL em outubro de 2021.Os
deputados justificaram a criação da comissão de inquérito com a gestão
feita pelo Governo Regional aos 117 milhões de euros que vários
empresários disseram desconhecer, levantando suspeitas sobre
favorecimentos e levando o presidente do executivo a cancelar o
processo, com a garantia de que as empresas açorianas não perdiam “um
cêntimo”.Hoje, na conferência de imprensa,
a socialista Andreia Cardoso considerou que a falta de ação de Gualter
Furtado causou um “prejuízo claro por omissão”.