PSD/Açores congratula-se por reforço de verbas comunitárias para a região
Açores/Mau tempo
19 de jun. de 2020, 18:56
— Lusa/AO Online
Citado em nota de imprensa, José Manuel
Bolieiro afirmou que “é uma excelente notícia para os Açores esta
votação favorável do Parlamento Europeu à proposta do eurodeputado do
PSD José Manuel Fernandes, que preconiza que as regiões ultraperiféricas
passem a ter uma majoração dos apoios no âmbito do Fundo de
Solidariedade da União Europeia”.Em causa
está um aval da assembleia europeia, que reuniu esta quinta-feira em
sessão plenária em Bruxelas, à alocação do Fundo de Solidariedade da
União Europeia (UE) para ajudar Portugal, Espanha, Itália e Áustria a
repararem os danos causados por várias catástrofes naturais em 2019, num
apoio total de 279 milhões para estes quatro países.Assim,
o Parlamento Europeu viabilizou um apoio de 8,2 milhões de euros para
Portugal, na sequência do furacão Lorenzo, que afetou os Açores em
outubro de 2019, fazendo recomendações para possíveis desastres futuros.O
líder da estrutura regional social-democrata considera que seria “uma
injustiça que uma região ultraperiférica recebesse a mesma percentagem
de apoios que uma qualquer região rica pelo impacto das catástrofes e
desastres naturais”.Segundo José Manuel
Bolieiro, os Açores recebem esta verba “por mérito do trabalho do
PSD/Açores, do deputado Bruno Belo e do eurodeputado José Manuel
Fernandes”.A nota enviada hoje pelo
partido destaca que “a proposta de reforço das verbas para as regiões
ultraperiféricas em caso de catástrofe surge no âmbito do relatório” do
eurodeputado social-democrata, “relativo à mobilização do Fundo de
Solidariedade da União Europeia”.O
documento aprovado no Parlamento Europeu defende que "as regiões
ultraperiféricas devem beneficiar de um reforço do financiamento
concedido ao abrigo do Fundo de Solidariedade da UE", dado que um
desastre natural nestas zonas "tem um impacto social e económico mais
importante do que teria a mesma catástrofe natural em qualquer outra
região europeia", causando uma recuperação mais lenta.Na
quinta-feira, o secretário regional com a tutela das Relações Externas,
Rui Bettencourt, tinha afirmado que foi graças à ação do Governo
Regional dos Açores junto das instâncias comunitárias que, em maio de
2014, "muito antes do Lorenzo", as regiões ultraperiféricas obtiveram
uma modificação das condições de acesso a este Fundo de Solidariedade."Até
esta modificação, pela qual o Governo dos Açores se bateu, só teríamos
acesso ao Fundo de Solidariedade se se tratasse de catástrofes cujos
estragos fossem superiores a três mil milhões de euros, o que
inviabilizaria, de facto, esta candidatura", referiu Rui Bettencourt.A
passagem do furacão Lorenzo, em outubro de 2019, causou graves danos em
setores públicos e no setor empresarial privado, com perdas estimadas
pelo executivo açoriano em cerca de 330 milhões de euros. O
Governo da República demonstrou disponibilidade para cobrir cerca de
85% desse valor, dividindo-se o restante entre o Fundo de Solidariedade
da UE e o esforço da região.