PSD/Açores acusa PS regional de ser "capataz do Governo da República"
26 de mai. de 2023, 17:08
— Lusa
“O PS/Açores
está reduzido a um mero capataz do Governo da República, ao ser
conivente com atitudes discriminatórias do governo central para com a
Região. O PS/Açores é mais socialista do que açoriano”, afirmou o
dirigente social-democrata, citado numa nota de imprensa divulgada pelo
PSD/Açores.A posição social-democrata
surge na sequência de declarações do vice-presidente do PS/Açores, Berto
Messias, que acusou hoje o Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM) de apontar
culpas ao Governo da República para “disfarçar as suas incapacidades”,
alertando para o risco de a região desperdiçar fundos comunitários.Na
reação, o vice-presidente do PSD/Açores, João Dâmaso Moniz, referiu que
os dirigentes regionais do PS se comportam “como colaboracionistas da
República, em vez de se juntarem ao Governo Regional na defesa dos
Açores e dos açorianos”.“Ainda
recentemente, o PS/Açores voltou a agir como capataz do Governo da
República, ao concordar com a exclusão dos Açores do regime de
atribuição de apoios financeiros aos setores agrícola e pecuário, assim
como da prorrogação da vigência do mecanismo do gasóleo profissional
extraordinário, que são de âmbito nacional. Concordar com a esta
exclusão dos Açores é ser mais socialista do que açoriano”, sustentou.Para
o vice-presidente do PSD/Açores, “o PS/Açores prefere atacar o Governo
Regional, em vez de denunciar a falta de solidariedade do Governo
República com os agricultores açorianos”.“Relativamente
ao incumprimento da prometida solidariedade nacional na reparação dos
estragos causados Furacão Lorenzo, o PS/Açores age também como capataz
do Governo da República. O Governo Regional substituiu-se ao Estado no
financiamento das obras, tem a receber cerca de 60 milhões de euros que a
República não paga e o PS/Açores tem o desplante, imagine-se, de dizer
que não há dívida nenhuma do governo central”, sustentou, citado no
mesmo comunicado.Segundo João Dâmaso
Moniz, “o Governo dos Açores já investiu na reparação dos danos do
furação Lorenzo mais de 70 milhões de euros, dos quais 85% deveriam ser
pagos pelo governo central”.“O Governo da
República do PS apenas transferiu 29 milhões de euros para a Região.
Desses 29 milhões, 28 foram transferidos quando o PS ainda governava no
arquipélago. Depois da mudança política ocorrida no final de 2020,
apenas foi transferido um milhão de euros, apesar da maioria das obras
ter sido executada na atual legislatura”, apontou.