PSD/Açores acusa PS de "irresponsabilidade" e "chorrilho de mentiras"
21 de nov. de 2022, 15:08
— Lusa/AO Online
“O
deputado Carlos Silva [PS] esteve aqui a dizer um chorrilho de
mentiras. Isso é irresponsável. Essa irresponsabilidade do presente já
foi irresponsabilidade do passado”, afirmou João Bruto da Costa,
deputado do PSD, um dos partidos que compõem a coligação de governo, a
par do CDS-PP e do PPM.O parlamentar
falava na intervenção de abertura do debate sobre o Plano e Orçamento
regionais para 2023, no plenário que hoje começou na Assembleia
Legislativa, na cidade da Horta, ilha do Faial.Para Bruto da Costa, “o PS ainda não compreendeu que os açorianos não escolheram continuar com as ideias do PS”.“Temos
trazido um caminho diferente, alternativo. É confrangedor que o PS e
Vasco Cordeiro [ex-presidente do Governo Regional e atualmente deputado e
líder do PS/Açores] ficam incomodados com os resultados desta
governação e fazem críticas assentes na mentira”, acusou.Para o PSD, o PS e Vasco Cordeiro “são irresponsáveis no presente tal como foram no passado”. “Foram
os governos presididos por Vasco Cordeiro que levaram à destruição da
SATA, à falência do que conhecíamos como a nossa SATA. O senhor [Vasco
Cordeiro] foi irresponsável enquanto presidente do Governo – fez dívida
para resolver problemas da SATA, mas não resolveu problema nenhum. Os
Açores tem 3.600 milhões de razões para dizer que Vasco Cordeiro foi
irresponsável”, continuou o parlamentar do PSD.De
acordo com o social-democrata, o PS e o governo de Vasco Cordeiro
“puseram os Açores amarrados à dívida”, deixando a região com “os piores
indicadores sociais da Europa”. “Não apreenderam nada com os erros do passado”, disse.Segundo Bruto da Costa, o atual governo cortou “nos impostos e nas ideias do PS para a região”. “Nesses cortámos, de certeza, porque o caminho que nos trouxeram foi de irresponsabilidade”, vincou.“Se
não fosse este governo, os Açores não estariam melhores”, insistiu,
destacando o “apoio aos juros da habitação”, previstos no orçamento para
2023. O deputado observou ainda que “a ação deste governo já devolveu 140 milhões de euros em impostos que deixaram de ser cobrados”. Quanto
ao Plano e Orçamento, que vão ser debatidos e votados no plenário que
hoje começou, Bruto da Costa considerou serem “documentos fundamentais
para os Açores enfrentarem tempos difíceis e encontrar soluções para o
futuro, que permitam aos Açores debelar a crise internacional”.“São
documentos que têm a credibilidade e o realismo necessários para dar às
famílias e empresas as respostas necessárias. Essa credibilidade
resulta, desde logo, dos pareceres dos parceiros sociais”, assinalou.Para o deputado, o governo regional “esteve à altura”.“Estes
documentos provam que este governo regional assume, perante os
açorianos, a responsabilidade de apresentar as medidas que nos
permitirão olhar para as dificuldades com realismo e confiança no
futuro”, asseverou.São “documentos que têm como vetor fundamental a questão da responsabilidade”, frisou. O
Orçamento dos Açores para 2023, de cerca de 1,9 mil milhões de euros,
começou hoje a ser debatido no plenário da Assembleia Legislativa
Regional, onde a votação final global deve acontecer na quinta ou na
sexta-feira.A Assembleia Legislativa dos
Açores é composta por 57 deputados e, na atual legislatura, 25 são do
PS, 21 do PSD, três do CDS-PP, dois do PPM, dois do BE, um da Iniciativa
Liberal, um do PAN, um do Chega e um deputado independente (eleito pelo
Chega). PSD, CDS-PP e PPM, que juntos representam 26 deputados, assinaram um acordo de governação. A
coligação assinou ainda um acordo de incidência parlamentar com o Chega
e com o deputado independente Carlos Furtado (ex-Chega) e o PSD um
acordo com a IL.