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PS/Terceira alerta para quebra de dormidas turísticas na ilha em junho e julho

O PS/Terceira, nos Açores, manifestou preocupação com os números do turismo na ilha, alegando que em junho e julho houve uma quebra de perto de 2.800 dormidas em alojamentos turísticos


Autor: Lusa/AO Online

“Em junho, a Terceira foi a única ilha dos Açores a perder dormidas, sendo que em julho repetiu-se a tendência negativa, com uma redução de 1,8%, enquanto no conjunto da região se verificou um crescimento de 2,5%”, lê-se em comunicado de imprensa.

Os dirigentes socialistas reuniram-se com o comité da ilha Terceira da Associação Regional do Alojamento Local e adiantaram que há empresários que ponderam “extinguir postos de trabalho ou recorrer ao ‘lay-off’” no próximo inverno, “qualificado pelos agentes do setor como o pior inverno dos últimos cinco anos, com menos voos internacionais dos que havia no início de 2020”.

Pelas contas do PS/Terceira, em junho e julho deste ano, a ilha perdeu 2.591 hóspedes e 2.795 dormidas face ao período homólogo.

“Estes números, divulgados pelo Serviço Regional de Estatística (SREA), demonstram que a Terceira não está a acompanhar o crescimento dos Açores. Enquanto outras ilhas reforçam o seu peso no setor, a Terceira estagna, apesar de possuir maior oferta de camas e novos projetos em curso”, alertaram os dirigentes socialistas.

A redução, segundo o PS/Terceira, “decorre da falta de acessibilidades aéreas diversificadas, com rotas instáveis e pouco consistentes”, mas também da “quebra do mercado nacional, que caiu 6% em julho a nível regional e tem particular impacto na Terceira", e da “ausência de uma estratégia promocional diferenciada, que valorize o património cultural e a identidade única da ilha”.

“A Terceira não pode viver de propaganda estatística, sendo que os números de passageiros em escala não correspondem a turismo e não deixam rendimento na ilha”, criticaram os dirigentes socialistas.

Defenderam, por isso, que a ilha “precisa de uma estratégia clara e consistente para voltar a crescer”, alegando que pode estar em causa a sustentabilidade futura do setor.

“É urgente apostar na estabilidade das ligações aéreas, reforçar a promoção externa, captar o mercado nacional e criar produtos turísticos que combatam a sazonalidade, atempadamente e não em cima do joelho. Só assim se conseguirá inverter a atual tendência e devolver competitividade ao destino Terceira”, apelaram.