'PS tem de cuidar a todo o tempo da democracia e travar extrema-direita'
20 de abr. de 2023, 05:50
— Lusa/AO Online
Esta
posição foi assumida por Carlos César no primeiro discurso do jantar
comemorativo dos 50 anos do PS, no pavilhão Carlos Lopes, em Lisboa, que
ainda terá como oradores o primeiro-ministro alemão, Olaf Scholz, o
líder histórico dos socialistas espanhóis, Felipe González, o antigo
presidente da Assembleia da República Jaime Gama e do secretário-geral
do PS, António Costa.Logo nas suas
palavras iniciais, Carlos César deixou uma saudação a todos os antigos
secretários-gerais do PS, salientando então a palavra “todos”.Mas destacou o primeiro líder do PS e antigo Presidente da República: “Mário Soares é a nossa referência para sempre”.No
jantar estão presentes dois antigos secretários-gerais do PS, Vítor
Constâncio e Ferro Rodrigues, e um dos fundadores deste partido na
Alemanha, em 19 de Abril de 1973, o antigo secretário de Estado Arons de
Carvalho.Na sua intervenção, o antigo
presidente do Governo Regional dos Açores defendeu que “o PS foi sempre
decisivo nas grandes mudanças positivas que o país conheceu no último
meio século”.“Podemos dizer que fomos – e
devemos procurar continuar a ser – um porto de abrigo da confiança dos
portugueses. Ainda na segunda-feira voltámos a demonstrar isso com os
aumentos das pensões para os nossos reformados”, referiu.Para Carlos César, “o Portugal democrático, que venceu o Portugal amordaçado, tem valido a pena”.“Tem
de valer a pena e temos de cuidar a todo o tempo dele. Essa é cada vez
mais uma missão deste nosso PS, uma missão que este partido tem de
voltar a ser vencedor”, declarou, antes de elogiar o Governo liderado
por António Costa.Na perspetiva do
presidente do PS, o seu partido “continua a ser uma força cívica
essencial - uma força sensível às mudanças e, por isso, à sua própria
mudança com a compreensão e resposta necessárias aos novos problemas e
aos novos desafios com que nos confrontamos”.Após
observar que o PS é o partido socialista europeu com a maior
representatividade parlamentar, tendo um Governo suportado por uma
maioria absoluta, Carlos César referiu outro desafio que se coloca à sua
força política.“Somos a força partidária
sobre a qual se tem a certeza que mais pode e mais quer impedir a
ascensão ao poder da direita radical e da extrema-direita.
Extrema-direita à qual, no nosso país, pese embora a sua arrogância a
estridência, está felizmente por enquanto abaixo da dimensão da maior
parte dos partidos congéneres na Europa”, disse.A seguir, deixou uma farpa em setores da direita democrática.“Essa
extrema-direita confia com a benevolência dos seus amigos mais próximos
à direita do PS. Compete-nos prosseguir com humildade e audição
democráticas, corrigindo as desigualdades e melhorando os resultados da
governação”, acrescentou.