PS requer audição da ministra do Trabalho devido "a falhas" do financiamento das IPSS dos Açores
Hoje 15:34
— Lusa/AO Online
Em
comunicado, o PS adianta que o requerimento, que deu entrada na
Assembleia da República na quinta-feira, dá conta de que a situação
financeira destas instituições atingiu um ponto de “rutura crítica”, com
impacto direto "na continuidade de respostas sociais essenciais e na
estabilidade laboral de milhares de trabalhadores do setor social".O
requerimento pede a audição urgente da ministra do Trabalho,
Solidariedade e Segurança Social e da secretária de Estado da Segurança
Social, bem como da União Regional das Misericórdias dos Açores (URMA) e
da União Regional das Instituições Particulares de Solidariedade Social
dos Açores (URIPSSA), na Comissão de Trabalho, Segurança Social e
Inclusão da Assembleia da República.Citado
na nota, o líder regional do PS/Açores e deputado do PS na Assembleia
da República, Francisco César, afirma que não se está “perante um
problema administrativo ou pontual, mas perante uma falha estrutural do
Estado no cumprimento das suas responsabilidades em matéria de Segurança
Social".“A Segurança Social é uma
competência nacional e o Governo da República não pode continuar a
empurrar para terceiros as consequências da sua inação”, sustenta
Francisco César, considerando “politicamente inaceitável que o Estado
falhe no financiamento do setor social nas Regiões Autónomas e se demita
das responsabilidades que daí decorrem”.No
requerimento, o PS alerta que as consequências destas falhas "são já
evidentes", apontando que "sete IPSS dos Açores não conseguiram pagar o
subsídio de Natal aos seus trabalhadores", enquanto "duas instituições"
fizeram "apenas o pagamento parcial desse direito laboral básico,
recorrendo, em vários casos, a endividamento bancário de curto prazo".Para
o líder socialista açoriano, a audição das entidades representativas do
setor social é essencial para que a Comissão "tenha um retrato fiel da
realidade".O PS pretende "obter
esclarecimentos concretos sobre as razões dos atrasos e falhas nas
transferências financeiras da responsabilidade do Governo da República
para os Açores, o incumprimento dos prazos relativos à celebração dos
acordos de cooperação para 2025, a inexistência de soluções
transitórias" e as medidas imediatas e estruturais que serão adotadas
para garantir o "financiamento estável" às IPSS e Misericórdias e
"salvaguardar os direitos laborais" dos trabalhadores.“Governar
é cumprir”, vinca Francisco César, afirmando que “não é aceitável que o
Estado falhe com instituições que asseguram a coesão social e o apoio
às populações mais vulneráveis nos Açores”.