Autor: Lusa/AO Online
"Esperamos que todos os partidos estejam ao lado do PS e do Governo", disse Berto Messias, acrescentando que o objetivo é conseguir uma "pronúncia conjunta" sobre a posição do Governo da República.
No passado dia 14 de março, o mau tempo provocou três mortes e estragos nos Açores, sobretudo no Faial da Terra, em S. Miguel, e no Porto Judeu, na ilha Terceira, calculados em 35 milhões de euros.
O presidente do Governo Regional dos Açores, Vasco Cordeiro, enviou, na semana passada, uma carta ao primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, apelando à solidariedade nacional na recuperação dos estragos provocados pela intempérie.
O Conselho de Ministros, no entanto, autorizou apenas que os municípios afetados possam ultrapassar os seus limites de endividamento.
Berto Messias disse não perceber esta atitude, considerando a postura do Governo da República "absolutamente lamentável".
"O Governo da República não pense que nos convence com artimanhas e truques, como a autorização de endividamento dos municípios", frisou, acusando-o de olhar para os açorianos como "portugueses de segunda".
O líder da bancada parlamentar do PS considera a posição do executivo "injusta" e lembra que quando a Madeira foi assolada por uma intempérie o tratamento foi diferente.
Berto Messias disse esperar que o Governo da República "repense" o pedido de ajuda da região, salientando que "90% das zonas afetadas são da competência do Governo" e não dos municípios.