PS quer saber ponto de situação sobre descontaminação dos solos da Praia da Vitória
22 de mar. de 2024, 16:00
— Lusa
Segundo
o subscritor do requerimento do PS/Açores, o deputado Berto Messias,
“na passada semana o vice-presidente do Governo Regional afirmou que o
processo de descontaminação avançou devido à ação assertiva” do atual
executivo, mas não existem “mais informações, técnicas e científicas que
comprovem isso”. “Conhecemos o último
relatório do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) sobre o
acompanhamento e monitorização desta questão, mas existem muitas dúvidas
sobre os trabalhos feitos e previstos para descontaminar e remover
estruturas ou solos contaminados, isto porque não se pode confundir
monitorização e acompanhamento com descontaminação e limpeza das zonas
afetadas, são coisas diferentes”, sustenta Berto Messias, citado numa
nota de imprensa.Por isso, e segundo
adianta o PS, o grupo parlamentar socialista no parlamento açoriano
solicitou ao Governo açoriano (PSD/CDS-PP/PPM) “toda a documentação
existente sobre esta matéria, além do relatório do LNEC de 2023”, que é
público.O PS/Açores pretende saber “quais
os trabalhos de descontaminação e remoção de estruturas e de solos
contaminados já realizados” e qual a sua cronologia e previsão de
conclusão.Solicita ainda “toda a
correspondência trocada entre o Governo Regional dos Açores ou entidades
tuteladas e as Forças Norte-Americanas, sobre este tema”.“Não
nos parece avisado estar sempre a vir a público dizer que está tudo a
avançar e está tudo bem, numa espécie de desresponsabilização de quem
tem a principal responsabilidade de descontaminar o que contaminou, ou
seja, as forças norte-americanas”, refere Berto Messias.
Para o parlamentar socialista, “esta é uma matéria que continua a estar
no centro das preocupações e que carece de um acompanhamento e
monitorização muito próximos, de forma a que não seja posta em causa a
qualidade da água de consumo humano do concelho”.Em
causa está a contaminação de solos e aquíferos na Praia da Vitória, na
ilha Terceira, provocada pelo armazenamento e pelo manuseamento de
combustíveis e outros poluentes pela Força Aérea norte-americana na base
das Lajes.Identificada em 2005 pelos
próprios norte-americanos, a contaminação foi confirmada, em 2009, pelo
Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), que monitoriza desde
2012 o processo de descontaminação.