Autor: Lusa/AO online
Em declaração política, no parlamento, João Galamba, descreveu numerosos indicadores positivos de um inédito crescimento português acima da média da União Europeia neste século e o encurtamento da diferença para os diversos países "campeões" do crescimento.
"Se os últimos dois anos, afinal, não trouxeram o diabo, há quem garanta que o país ficou claramente abaixo dos resultados que poderia ter", lamentou, referindo-se a críticas de PSD e CDS-PP - "ao invés da presença do demo, parece que agora temos falta de ‘espírito reformista'".
"Portugal cresce hoje de forma inclusiva e sustentável, reduzindo a pobreza e as desigualdades e investindo no futuro. É este rumo que queremos manter e aprofundar. É esse o compromisso do PS, hoje e sempre", garantiu Galamba, priorizando o equilíbrio entre controlo das contas públicas e compromissos internacionais compatibilizados com a devolução de rendimentos e direitos.
O deputado social-democrata António Costa e Silva acusou o parlamentar do PS de "capacidade criativa e imaginativa de inventar mais alguns milhões de investimento".
"Estamos muito habituados a ver o PS relembrar o passado, esquecendo sempre o seu passado de bancarrota", afirmou, referindo "níveis históricos de ausência de poupança e de crescente endividamento do país e das famílias", para condenar a reedição de "tempos de gastar alegremente e empobrecer tristemente".
A vice-presidente do CDS-PP Cecília Meireles disse que o crescimento económico de Portugal é um "bom facto, positivo", mas que "a euforia é sempre má conselheira", recordando já ter ouvido "exatamente as mesmas expressões, momentos de euforia, discursos de facilidades" por parte dos antigos primeiro-ministro e ministro das Finanças José Sócrates e Teixeira dos Santos.
"Se estamos tão bem, tão bem, por que continuamos a ter austeridade escondida nos serviços públicos, investimento público abaixo de 2015 e não se baixam impostos sobre gasóleo e gasolina?", questionou.
O comunista Paulo Sá afirmou que "PSD e CDS martelaram ideia de que não havia alternativa aos cortes de direitos e rendimentos e apressaram-se a prever o desastre", além de terem anunciado "a vinda do diabo" com a nova realidade política, mas, "felizmente, para Portugal e os portugueses, o diabo não se dignou a responder à convocatória".
A bloquista Mariana Mortágua asseverou uma certeza: "nenhum governo fará pior que PSD e CDS, durante os quatro anos de austeridade e a crise em que afundaram o país quando tiveram oportunidade de ser Governo".
"Estava profundamente errado quem defendia que era empobrecendo e sofrendo que se saía da crise. A direita estava errada e o seu programa só poderia ser salvo se houvesse uma crise e só pode fazer este discurso de que é bom mas é pouco, mas para esse discurso está cá o BE", concluiu.
Tanto
PCP como BE confrontaram o PS com a necessidade de aprofundar o caminho
trilhado desde novembro de 2015, com a devolução de direitos e
rendimentos, a fim de obter ainda melhores resultados de crescimento
económico e diminuição do desemprego.