PS fala em “estado de esperança”, com crescimento económico e pouco desemprego
Estado da Nação
18 de jul. de 2022, 09:11
— Lusa/AO Online
“O
estado da nação é um estado de esperança, apesar de todas as
dificuldades que vivemos. Ainda estamos a sair de uma pandemia, (…) e
estamos agora com uma guerra que começou a 24 de fevereiro (…), mas é um
estado de esperança e olhando para o futuro”, afirmou Eurico Brilhante
Dias em declarações à agência Lusa no âmbito do debate sobre o Estado da
Nação, que decorre esta quarta-feira na Assembleia da República. Brilhante
Dias destacou que, nos últimos meses, “foi possível aprovar e
desenvolver um orçamento que está em vigor há muito pouco tempo” e
“avançar com algumas reformas fundamentais”, como a Agenda do Trabalho
Digno ou a reforma da lei das ordens profissionais.O
líder parlamentar do PS sublinhou ainda que o ano foi “particularmente
positivo em dois indicadores fundamentais”, referindo-se ao “crescimento
económico” – com “um ano de convergência com a União Europeia, sob a
liderança do PS” – e à taxa de desemprego, que disse continuar “em
valores muito baixos, mínimos históricos das últimas décadas”.O
deputado socialista descartou assim as críticas dos partidos que
consideram que o estado da nação é preocupante, afirmando que
“felizmente os portugueses não vivem nesse país que é relatado dessa
forma”. “Os portugueses sabem: há um
partido que está sempre ao lado dos portugueses e há um Governo que tem
estado preparado para todas as incidências, e é por isso que confiaram
no PS, aliás uma confiança absoluta a 30 de janeiro”, sublinhou. Eurico
Brilhante Dias qualificou a maioria absoluta do PS como uma “maioria
cooperante”, “que tem mostrado grande abertura à iniciativa das
oposições”, dando como exemplo o facto de, nos últimos “três meses e
meio de votações”, os socialistas só "muito raramente" terem aprovado
iniciativas sozinhos. “O PS, com a sua
maioria, tem sido um verdadeiro moderador da democracia portuguesa, da
democracia parlamentar, e, por isso, tem sido uma maioria que, sendo
maioria, não é uma maioria isolada no parlamento, bem pelo contrário”,
considerou. Brilhante Dias frisou assim
que “o propósito de diálogo” do PS com os restantes partidos é “genuíno,
é verdadeiro e é uma marca genética desta maioria absoluta”, abordando
as palavras de António Costa na noite eleitoral de 30 de janeiro, em que
afirmou que um dos seus objetivos era “reconciliar os portugueses com a
ideia das maiorias absolutas”. “Esse
processo de reconciliação passa por estarmos sempre disponíveis para
ouvir, porque isso melhora as propostas do PS, permite aproveitar (…)
aquelas que, no nosso entendimento naturalmente, são as melhores ideias
da oposição, e permite transformar este parlamento num espaço vivo de
debate”, sublinhou. Projetando as
prioridades do PS para setembro, Eurico Brilhante Dias afirmou que os
socialistas irão arrancar com o “processo orçamental”, mas pretendem
também ‘fechar’ iniciativas como a da morte medicamente assistida ou da
reforma da lei das ordens profissionais.No
âmbito das comunidades portuguesas, Brilhante Dias sublinhou ainda que o
PS pretende, entre outras iniciativas, apresentar um projeto relativo
ao sistema eleitoral português, e designadamente à “maneira como são
eleitos os deputados do círculo da Europa e de Fora da Europa”. “Aquilo
que nos aconteceu a 30 de janeiro (…), que levou a uma repetição das
eleições no círculo da Europa, não pode voltar a repetir-se. E,
portanto, será seguramente uma das nossas prioridades resolver essa
questão”, afirmou.