PS explica com “equívoco” recusa em PSP receber deputados do PSD na Graciosa
13 de dez. de 2017, 11:05
— Lusa/AO online
A explicação foi dada, na Comissão de Assuntos Constitucionais, no
parlamento, pelo deputado do PS Filipe Neto Brandão para explicar que
“não se justifica” o ministro da Administração Interna ir à comissão
“dar esta explicação”.
A queixa e o pedido de audição de Eduardo Cabrita foi feito pela
deputada do PSD Berta Cabral que, segundo Neto Brandão, já recebeu as
explicações do comandante regional da PSP sobre este incidente, ocorrido
em 04 de dezembro.
A votação do requerimento do PSD, para a audição do ministro Eduardo
Cabrita, foi adiada para a próxima reunião, ficando dependente quer da
confirmação das explicações dadas a Berta Cabral quer de outro pedido
feito pela bancada social-democrata.
Luís Marques Guedes pediu que o presidente da comissão, Bacelar de
Vasconcelos, contacte o Ministério da Administração Interna sugerindo
que seja feita uma comunicação quer à PSP quer à GNR para que sejam
evitadas estas situações no futuro.
“O Governo não pode lavar as mãos”, afirmou o deputado Marques Guedes,
para quem se não fosse “um equívoco” teria sido “grave” este episódio,
dado que os deputados têm todo o direito a visitar as instalações, por
exemplo, da PSP ou da GNR, desde que oportunamente agendadas.
Segundo Filipe Neto Brandão, tratou-se de um equivoco “na transmissão
das ordens” pela via hierárquica e o comandante da esquadra fez “uma
interpretação errada” do que lhe foi dito.
O pedido de audição do ministro tinha sido feito, a 04 de dezembro,
pelo PSD depois de um grupo de deputados eleitos pelos Açores ter
impedido de visitar uma esquadra na ilha da Graciosa.
A deputada e vice-presidente da bancada Berta Cabral explicou, então, à
Lusa que os parlamentares do PSD eleitos pelo círculo dos Açores
estavam em visita oficial à ilha, tendo, na sua agenda, prevista uma
reunião de trabalho com o comandante e chefe da esquadra da PSP da ilha e
uma visita às instalações. Para a deputada do PSD, esta recusa de visita “é intolerável” e configura uma espécie de “lei da rolha”.