PS e BE criticam hospital modular por responder a casos menos graves
2 de set. de 2024, 09:06
— Ana Carvalho Melo
O Partido Socialista e o Bloco de Esquerda consideram insuficiente que o
hospital modular, para já, apenas vá responder aos casos de urgência de
menor complexidade, criticando a ação do executivo regional.Para a
deputada socialista Sandra Costa Dias, que participou na visita
realizada no sábado ao hospital modular, as promessas do governo não
foram cumpridas. “Esta solução foi apontada como estando pronta a
31 de agosto, com o Serviço de Urgência e o hospital modular
definitivamente prontos, e hoje o que assistimos é à inauguração de
apenas uma parte que dá resposta a situações menos urgentes”, afirmou
aos jornalistas.Também para o deputado do Bloco de Esquerda António Lima, o compromisso do presidente do Governo não foi cumprido. “São
Miguel irá continuar, pelo menos até ao final de outubro, sem um
serviço de urgência concentrado num único local e com capacidade de
resposta a todas as situações, das mais ligeiras às mais graves. E esse
compromisso do Governo não foi cumprido. O presidente do Governo assumiu
esse compromisso e não o cumpre”, afirmou.Por sua vez, a deputada
social-democrata, Délia Melo, que participou nesta visita representando a
coligação de governo liderada pelo PSD, destacou o trabalho já
realizado. “É uma estrutura que foi solicitada desde o início pela
direção técnica, que é quem estava a trabalhar diretamente com os
utentes e os profissionais de saúde. Esta direção estabeleceu esta ponte
e sentiu esta necessidade, e foi de facto um pedido das bases que foi
atendido pela tutela. Hoje, temos aqui um espaço de resposta que ainda
não está completo, mas cujo trabalho está a ser feito”, afirmou.Refira-se que o Chega, a Iniciativa Liberal e o PAN não estiveram presentes nesta visita às obras do hospital modular.No
sábado, Mónica Seidi considerou que a obra ficou concluída dentro do
prazo previsto, realçando a atenção que tem vindo a ser dada à segurança
dos doentes. “Se consideram 72 horas um atraso, devo dizer que
ficaria muito feliz se todas as obras se atrasassem 72 horas. Como podem
ver, a estrutura está concluída. Contudo, por sugestão da direção
técnica, que alertou para o facto de que há circuitos que têm de ser
testados e que as equipas têm de ser reorganizadas para que os nossos
doentes não corram riscos, preferimos que o Serviço de Urgência abra no
dia 3 com todas estas questões testadas, de modo a reduzir qualquer
risco para os doentes”, explicou.