PS diz que Governo dos Açores “mandou para Lisboa” decisão sobre gestão do mar
25 de out. de 2023, 07:45
— Lusa/AO Online
“O Governo Regional
teve à sua disposição as competências e os poderes para poder aprovar
aquele que é o ordenamento do nosso mar. Decidir sobre os usos do nosso
mar. Não o fez no tempo devido”, afirmou Vasco Cordeiro.Entretanto,
prosseguiu o socialista, o Tribunal Constitucional “declarou a lei que
dava essas competências inconstitucional”, numa “decisão lamentável”.“Hoje,
o que se sabe é que ao mesmo tempo que o Governo Regional critica o
Governo da República, pela calada manda a decisão sobre os usos do nosso
mar para que Lisboa decida aquilo que deveriam ser os Açores a decidir e
que só por incapacidade, incompetência e distração do Governo Regional é
que não são os Açores a decidir”, criticou.O presidente do PS dos Açores falava hoje na ilha de São Jorge, na abertura das jornadas parlamentares do partido.Para
Vasco Cordeiro, o atual executivo açoriano (PSD/CDS-PP/PPM) “queixa-se
muito de outros”, mas, “no fundo, apenas tem a queixar-se da sua
incapacidade”.“O governo queixa-se da
República. O governo queixa-se dos governos anteriores. O governo
queixa-se do tempo. Queixa-se do sol. Queixa-se da chuva. Mas, no fundo,
se formos a ver, a única coisa que o Governo Regional tem a queixar-se é
da sua incapacidade”, salientou.O também
líder parlamentar do PS na Assembleia Legislativa dos Açores alertou
ainda para o aumento da dívida pública da região e para o aumento dos
prejuízos registados pela transportadora aérea SATA.“Este
Governo Regional, no que tem a ver com prejuízos do grupo SATA, em dois
anos e meio já vai com mais de 120 milhões de euros de prejuízo. Isso
não tem a ver com os governos anteriores. Tem a ver com a incapacidade
deste governo”, disse.Vasco Cordeiro, que
presidiu ao Governo dos Açores entre 2012 e 2020, acusou ainda o
executivo liderado pelo social-democrata José Manuel Bolieiro de
“atrasar” a região por não aproveitar a “oportunidade histórica”
referente aos fundos comunitários.“Continuamos
a aguardar, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência, o fundo de
recapitalização das empresas, os famosos 125 milhões de euros que
haveriam de reverter em benefício das empresas açorianas. Já lá vai mais
de um ano decorrido e as empresas açorianas ainda não viram um
cêntimo”, condenou.