PS diz que decisão de 2020 coloca especial responsabilidade sobre representante da República
19 de fev. de 2024, 15:53
— Lusa
“Esta
decisão em 2020 coloca uma exigência acrescida e uma responsabilidade
acrescida sobre o senhor representante da República quanto à coerência a
manter, face aos resultados destas eleições e a comparação da decisão
que agora tomar com a decisão de 2020”, afirmou Vasco Cordeiro.O
dirigente socialista falava em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, à
saída de uma audição com o representante da República para a Região
Autónoma dos Açores, Pedro Catarino.A
coligação PSD/CDS/PPM venceu as eleições regionais, no dia 04, com
43,56% dos votos, mas elegeu 26 dos 57 deputados da Assembleia
Legislativa, precisando de mais três para ter maioria absoluta.O
líder do PSD/Açores, José Manuel Bolieiro, transmitiu, no entanto, ao
representante da República que a coligação deve formar um governo de
maioria relativa, sem acordos com outros partidos.Vasco
Cordeiro disse que “o PS mantém a sua coerência” e defende que “o
partido que vence as eleições deve ter a oportunidade de ser o primeiro a
submeter-se na assembleia e a formar governo”.No
entanto, lembrou que não foi isso que aconteceu em 2020, quando o PS
venceu as eleições, também sem maioria absoluta, mas Pedro Catarino
indigitou como presidente do Governo Regional o líder do PSD/Açores, que
formou uma coligação pós-eleitoral com o CDS-PP e PPM e assinou acordos
de incidência parlamentar com Chega e IL, que lhe garantiam 29 dos 57
deputados da Assembleia Legislativa dos Açores.“Esta
situação que nós vivemos e que culminou nas eleições do dia 04 de
fevereiro é um comprovativo, no fundo, de que aquilo que foi a decisão
tomada em 2020 não foi a decisão correta e, portanto, todo o argumento
da estabilidade caiu pela base, em relação àquilo que foi feito”,
apontou.