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Legislativas
PS denuncia estado ‘caótico’ na saúde

Junto de militantes nas Lajes do Pico, Francisco César criticou as opções do Governo Regional, no que diz respeito ao incêndio no HDES e alertou para o colapso do atual modelo de transporte marítimo de mercadorias


Autor: Susete Rodrigues

O candidato às eleições legislativas de 18 de maio e líder do PS/Açores, Francisco César, denunciou o estado “caótico” em que se encontra o setor da Saúde na Região, com particular enfoque no caso do Hospital do Divino Espírito Santo (HDES), em Ponta Delgada, responsabilizando o Governo Regional por decisões que “resultaram em prejuízos para os utentes, na degradação do SRS e em desperdício de recursos públicos”.

Francisco César, que intervinha num encontro com militantes e simpatizantes do PS, nas Lajes do Pico, afirmou, citado em comunicado, que “sempre que a direita entra no Governo, o setor da Saúde piora”, apontando como exemplo a “má gestão na resposta ao incêndio ocorrido no HDES”.

Recordando que, segundo várias entidades técnicas e independentes ouvidas na Comissão de Inquérito, o hospital de Ponta Delgada poderia ter reaberto “em agosto do ano passado, em melhores condições do que antes”, Francisco César lamentou que a opção do Governo Regional tenha sido a de “manter o hospital encerrado durante meses”.

O líder do PS/Açores acrescentou que “produziram-se menos 20% de cirurgias, menos 10% de exames complementares de diagnóstico, e dezenas de tratamentos foram deslocados para outras unidades, dentro e fora da Região, com consequências reais na saúde das pessoas e um encargo financeiro acrescido para o erário público”, sublinhando que “cerca de 40 milhões de euros foram gastos com a instalação de um hospital modular”.

Na sua intervenção, o candidato alertou para o colapso do atual modelo de transporte marítimo de mercadorias, salientando que “se o PS estivesse em funções já o teria alterado e adaptado às novas realidades operacionais, económicas e logísticas da Região”. 

Reiterando a inércia do Governo Regional, que “nem sequer procurou dialogar com a República sobre soluções estruturais”, Francisco César revelou que, “fruto do trabalho conjunto com o PS nacional, foi já assegurada a inclusão no programa eleitoral da criação de obrigações de serviço público financiadas, com vista a garantir regularidade e fiabilidade nas ligações marítimas e no transporte de carga nos Açores”.