PS acusa Representante da República de falta de coerência
21 de fev. de 2024, 08:33
— Nuno Martins Neves
Pela voz de Berto
Messias, os socialistas dizem que Pedro Catarino “não teve o mesmo
tratamento e o mesmo critério” com a coligação de direita, quando o
PSvenceu as eleições de forma clara e inequívoca em 2020, com maioria
relativa, e não foi convidado a formar governo.Já o Bloco de
Esquerda, encarou a decisão como “natural”, com António Lima a reafirmar
a posição de ser “oposição” à coligação de direita e a duvidar da
estabilidade da solução governativa. “Desde 2020 que esta coligação de
direita tem significado instabilidade permanente, com acordos rasgados e
ameaças permanentes”.Da parte do Chega/Açores, José Pacheco entende
que agora “a Democracia tem de começar a funcionar, através de
entendimentos partidários, sem necessidade de mais intervenções por
parte do Representante da República”, sem interferências da política
nacional.Evoltou a afirmar que o partido tem de fazer parte da
solução governativa. “O Chega tem o poder que o Povo lhe deu. Temos
cinco deputados, que conseguimos eleger mostrando aos Açorianos ao que
íamos, não somos como outros partidos que se escondem em coligações, que
perdem votos e deputados. Não podemos ter no Governo partidos sem peso
político e que foram os causadores da instabilidade gerada após o último
Orçamento regional”, afirmou, criticando CDS e PPM, parceiros da
coligação.Quanto a Pedro Neves, do PAN/Açores, destacou a falta de
diálogo da coligação com os restantes partidos, “o que é totalmente
contrário ao que foi dito na campanha eleitoral”, que pode condicionar o
sucesso da legislatura.Sobre o sentido de voto do Programa de
Governo, remeteu qualquer decisão para após a sua divulgação. “A nossa
posição é de maturidade, todos os partidos têm responsabilidade. Mas o
PAN/Açores quer ver o documento antes de decidir como irá votar”.O
Açoriano Oriental tentou ouvir uma reação do Iniciativa Liberal, não
tendo sido possível até ao final da edição. No entanto, após a audiência
com o Representante da República, Nuno Barata condicionou a
viabilização do executivo a duas linhas vermelhas: “Um orçamento que não
tenha dívida e um Programa do Governo que não seja socialista”.