OE2023
PS acusa líder do PSD de fazer oposição de forma “absolutamente deplorável”

O secretário-geral adjunto do PS, João Torres, acusou hoje o presidente do PSD de fazer oposição de forma “absolutamente deplorável”, apontando que Luís Montenegro usa as consequências da guerra na Ucrânia como “arma de arremesso político”.


Autor: Lusa /AO Online

Esta crítica do “número dois” da direção dos socialistas foi transmitida na sua conta na rede social Twitter, em reação à intervenção proferida pelo líder do PSD, no sábado, em Lisboa, durante a Cimeira Ibérica da Juventude – iniciativa promovida pela Juventude Social Democrata (JSD) e pelas Nuevas Generaciones (NNGG), a organização jovem do Partido Popular espanhol.

O presidente do PSD defendeu que as contas públicas certas não são “o fim da política”, mas “um instrumento, um pressuposto” da ação governativa, acusando o PS de estar a deixar “o país e os portugueses piores”, e afirmou que a entidade em Portugal que mais impostos extraordinários “exorbitantes” cobrou aos portugueses “foi o Estado socialista”.

Para o secretário-geral adjunto do PS, esta forma de Luís Montenegro fazer oposição “já não é apenas matreira, é absolutamente deplorável”.

“Vivemos um tempo de guerra e a escolha do líder do PPD/PSD é clara: usá-la como arma de arremesso político. Perante adversários que deveriam ser comuns, a guerra e a inflação, Luís Montenegro escolheu outro caminho, com demagogia sem limites”, escreveu João Torres.

O dirigente socialista contrapôs, depois, que o peso dos impostos no PIB (Produto Interno Bruto) é atualmente inferior ao de 2015.

“Invocar a carga fiscal, que considera o peso das contribuições para a Segurança Social, porque hoje há mais e melhor emprego, é atirar areia para os olhos dos portugueses”, advogou o secretário-geral adjunto do PS.