PS/Açores questiona Governo Regional sobre vagas para crianças com necessidades especiais
18 de jun. de 2024, 17:41
— Lusa
Um
ano após o lançamento da Estratégia Regional para a Inclusão da Pessoa
com Deficiência (ERIPDA) pelo Governo dos Açores, a parlamentar quer
saber “quantas vagas existem, discriminadas por concelho e por ilha” e
“quantas crianças com necessidades especiais estão, na presente data, em
lista de espera em ATL's, ou outras instituições com idêntica
finalidade, discriminada por concelho e ilha”.Citada
em nota de imprensa, Inês Sá afirma estranhar “muito que, passado que
está um ano desde a implementação deste documento, existam tantos pais,
mães e/ou encarregados de educação de crianças e adolescentes com
perturbações do neurodesenvolvimento e do espetro autista, entre outras
patologias, que esperam e desesperam por uma vaga, numa das instituições
especializadas existentes na região, que garanta um horário compatível
com o normal horário laboral”.De acordo
com a deputada do maior partido da oposição, esta dificuldade na região
“ganha ainda maior relevo quando se está perante crianças com idade
igual ou superior a 12 anos”, sendo que o Governo Regional “não se pode
limitar a fazer documentos", tendo que "passar à ação e criar respostas
para estas crianças e os seus pais e encarregados de educação”.Inês Sá pretende apurar “quantas vagas conta o Governo Regional criar nos próximos quatro anos para estas crianças e jovens”.A
deputada diz que o PS/Açores “concorda com a necessidade de garantir
uma política educativa e formativa inclusiva e equitativa para os jovens
com necessidades especiais”, mas a região “tem de ter apoios e recursos
que permitam atenuar as desvantagens e garantir a igualdade de
oportunidades nas aprendizagens e no acesso e permanência nos vários
níveis de ensino”.“Isto mesmo está
expresso no documento deste Governo Regional. O problema é que, na
prática, no terreno, não vemos nada a acontecer e de nada serve um
documento bonito se as nossas crianças e os nossos jovens não tiverem as
respostas que necessitam”, afirmou Inês Sá.