PS/Açores questiona Governo Regional sobre entreposto na ilha Graciosa
13 de ago. de 2024, 17:58
— Lusa/AO Online
Em
comunicado, o PS/Açores recorda que a 08 de setembro o anterior
secretário regional do Mar e Pescas, Manuel São João, numa deslocação à
ilha Graciosa, anunciou a “tomada de posse de um terreno com cerca de 15
mil metros quadrados, adquirido pela Lotaçor, junto ao Porto de Pescas,
na Praia, para a construção de um entreposto frigorífico”.Na
altura, lembram os socialistas, a decisão foi justificada com “o facto
de a Graciosa ser a única ilha que não dispunha de uma estrutura do
género”.Já a 23 de julho, dia em que o
Governo Regional reuniu com o Conselho de Ilha da Graciosa, no âmbito da
sua visita estatutária, os habitantes da ilha “foram surpreendidos,
sobretudo os pescadores que já contavam com aquela estrutura nos seus
investimentos, com a informação de que o atual secretário regional do
Mar e Pescas, Mário Rui Pinho, que na passada legislatura foi diretor
regional de Políticas Marítimas, não concorda com a construção daquela
infraestrutura e que esta seria cancelada”, acrescenta o PS/Açores.Citado
na nota, o deputado socialista José Ávila, eleito pela ilha Graciosa,
questiona o executivo açoriano sobre o “recuo no investimento do
entreposto frigorífico da Graciosa”, pedindo esclarecimentos sobre o
facto de um “investimento assumido e decidido há 11 meses” pelo Governo
Regional, “agora, surpreendentemente já não serve a Graciosa e não é
para avançar”.Criticando o Governo
Regional por “fazer promessas e criar expectativas nos graciosenses,
apenas para as deixar cair após as eleições”, José Ávila diz que o recuo
prejudica “muitos pescadores e armadores graciosenses, que fizeram
nalguns casos avultados investimentos, a contar com a construção do
entreposto frigorífico”.O deputado
socialista recorda ainda que o anterior secretário regional do Mar e
Pescas indicou que o edifício existente no local “serviria também para a
Escola do Mar dos Açores realizar cursos de formação na Graciosa,
nomeadamente na vertente mecânica marítima”, outra promessa que “nunca
se veio a concretizar”.