PS/Açores quer reduzir obesidade infantil na região

12 de out. de 2023, 06:05 — Lusa/AO Online

A iniciativa parlamentar, que foi apresentada em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, pelo deputado Tiago Lopes, pretende contribuir para a redução dos números da obesidade infantil na região que, segundo o PS, registaram uma subida em 2022, “invertendo a tendência de redução que se vinha registando ao longo de anos, até 2019”.Segundo um comunicado do PS, com a proposta, os deputados socialistas querem que o executivo açoriano, no âmbito do próximo Plano Regional de Saúde, proceda à “reativação de um programa regional para a promoção da alimentação saudável, estabelecendo como áreas de intervenção prioritárias a saúde infantojuvenil e a saúde escolar, a promoção do aleitamento materno, o incentivo à frequência de consultas de nutrição e a promoção da literacia em Saúde”.Os parlamentares também pedem que o Governo Regional envie ao parlamento dos Açores, no prazo de três meses, “um relatório com o ponto de situação da obesidade infantil na região, que inclua o grau de implementação e de execução de medidas de combate à obesidade infantil”.“Perante os maus resultados de 2022, o Governo Regional tem de recuperar rapidamente boas práticas, tem de recorrer a novas formas de olhar a problemática da obesidade infantil e novas formas de atuar, a implementar já no corrente ano escolar de 2023/2024”, referiu Tiago Lopes, citado na nota.O deputado lembrou os mais recentes dados do COSI (na sigla em inglês ‘Childhood Obesity Surveillance Iniciative’), um programa da Organização Mundial de Saúde, que revelaram “que 22,8% das crianças açorianas entre os 7 e os 8 anos de idade sofrem de obesidade infantil, ou seja, [que] os Açores têm a mais alta taxa de obesidade infantil de todo o país”.Segundo o parlamentar socialista, de acordo com o mesmo estudo, 43% das crianças açorianas apresentam “excesso de peso”, situação que coloca também a região no “topo da tabela do país” neste mau indicador.Devido à “inação” do Governo Regional, “em apenas três anos, a região regrediu 15 anos na área da promoção da Saúde”, referiu.Tiago Lopes recordou que, “em 2008, a região apresentava 46,6% de prevalência de excesso de peso e 22,8% de obesidade infantil”, números que “levaram os governos regionais anteriores, da responsabilidade do PS a ‘implementar medidas que inverteram aquela tendência no espaço de cinco anos’”.“Entre 2008 e 2019 todas as regiões do país mostraram uma redução na prevalência do excesso de peso e da obesidade e o decréscimo mais acentuado verificou-se nos Açores”, disse.Como se previa, admitiu o socialista, a pandemia de covid-19 “contribuiu para o aumento da obesidade infantil”.No entanto, o deputado do PS, destacou que o excesso de peso e a obesidade “aumentaram nos Açores em 7,1%”, enquanto “o aumento nacional foi de cerca de 2%”.