PS/Açores quer agricultores compensados pelas pragas
12 de ago. de 2024, 09:19
— Rafael Dutra
O PS/Açores manifestou estar preocupado com a proliferação de pragas
como ratos, pombos, rolas, melros e lagartixas. Pragas que estão a
“ganhar proporções alarmantes nos Açores” e que se estão a “traduzir em
elevados prejuízos para diversas culturas, desde o milho à vinha, com
graves consequências sobre a saúde animal e humana”. Por isso, os
socialistas açorianos exigem ação por parte do Governo Regional e
entregaram no parlamento um requerimento, questionando “onde está o
Plano de Combate às Pragas Agrícolas que o Governo prometeu em agosto de
2023?”.“Há exatamente um ano, o Governo Regional prometeu este
plano, mas hoje nada sabemos. Não conhecemos o documento, nem quem foi
auscultado, que tipo de estudos foram feitos sobre a rola-turca, as
lagartixas, os pardais e outras aves, para além das várias espécies de
ratos. E é claro, importa conhecer o ponto de situação em cada ilha,
especificamente”, vincou Patrícia Miranda, a primeira subscritora do
requerimento dos socialistas, citada em nota de imprensa.A deputada
socialista exige saber “que tipo de ações estão previstas para apoiar os
agricultores e os vitivinicultores na implementação de medidas de
controlo das pragas, para além da distribuição de rodenticida” e “que
apoios estão previstos para indemnizar os agricultores e os
vitivinicultores afetados pelos estragos provocados por estas espécies,
nas culturas”.Patrícia Miranda frisou que os agricultores açorianos
têm “feito o que podem e o que lhes compete” para minimizar os estragos
nas suas culturas e lembrou que já existiram “muitas manifestações
públicas de descontentamento com a ausência de medidas concretas do
Governo Regional para o controlo de pragas por parte da Federação
Agrícola dos Açores e de diversas Associações Agrícolas”.Nesse
sentido, a parlamentar diz que em 2022 o Governo “reconheceu o problema”
e que em 2023 foi prometido um Plano de Controlo de Pragas”, no entanto
questiona onde está o mesmo.“Entretanto, os nossos agricultores
desesperam com quebras de produção que, nalguns casos, chegam aos 70%. É
preciso agir e agir já, controlar estas pragas e, no entretanto,
procurar compensar os agricultores pelas suas perdas. É que para além
destes problemas, é preciso, também, salvaguardar a saúde pública,
porque a proliferação de ratos poderá fazer disparar os casos de
leptospirose em pessoas, uma doença grave”, concluiu a deputada.