PS/Açores promete usar todos os meios para evitar que açorianos paguem mais pelos voos
19.º Congresso Regional do PS/Açores
28 de set. de 2024, 14:59
— Lusa
“O PS
compromete-se a utilizar todos os mecanismos legais ao seu dispor, na
região e na República, para evitar que qualquer alteração que seja feita
implique que um açoriano ou um madeirense pague mais por uma passagem
área para o continente português”, afirmou, naquela que foi a sua
primeira intervenção no 19.º Congresso Regional, que decorre no Teatro
Micaelense, em Ponta Delgada.Durante a
apresentação da Moção de Orientação Política Global, que vai ser votada
hoje ao final do dia, César salientou que “enquanto o PS foi governo, os
açorianos não passaram a pagar mais pelas passagens aéreas”.O
socialista aludia à criação de um limite de 600 euros no valor elegível
para o subsídio social de mobilidade dos Açores, que entrou em vigor
sexta-feira.O líder do PS/Açores criticou o
Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM) por falar “vezes de mais” dos 24 anos
de governação socialista na região (1996 a 2020), como se “aquele
período fosse uma espécie de seguro de vida para todos os insucessos e
para o desnorte” do atual executivo.“É tempo de o governo governar e já tem tempo para não se desculpar com outros tempos e outros governos", atirou.César
apontou a educação como “primeiro desígnio” para o desenvolvimento do
arquipélago, sugerindo a criação de um “pacto social” para combater o
abandono escolar com parcerias entre o “Governo Regional e o da
República, a comunidade educativa, autarquias, associações e
instituições sociais”.O presidente do
PS/Açores, eleito em junho, propôs a criação de uma “escola a tempo
inteiro”, que deverá adotar as melhores “práticas educativas” nacionais e
internacionais e “incitar novas formas de literacia”.O
também deputado na Assembleia da República destacou o “problema muito
grave” na habitação, defendendo que o “paradigma da habitação mudou",
mas que o "Governo dos Açores continua no século XX".“Quando
verificamos que, agora como nunca, tem sido criado na região, e
fomentado pela ação deste governo, um sentimento divisionista, de umas
ilhas contra as outras, com um bairrismo exacerbado e doentio, sentimos,
mais uma vez, aquilo que nos distingue”, vincou.O
presidente dos socialistas açorianos acusou o executivo regional de
“desgoverno na saúde”, uma vez que o secretário das Finanças criticou a
República por não ter transferido verbas para colmatar os prejuízos no
Hospital de Ponta Delgada, enquanto a secretária da Saúde disse não ter
enviado “qualquer inventariação dos custos da reconstrução” daquela
unidade de saúde.“Há duas coisas que
sabemos com certeza sobre este assunto, não teremos um hospital a
funcionar em condições tão cedo e, o mais certo, é também apontarem a
culpa aos 24 anos de governação socialista”, ironizou.O
líder dos socialistas açorianos reiterou que o “pior erro” que o
partido poderá cometer é “fazer do seu futuro a defesa do passado”,
advogando a necessidade de uma "evolução das políticas" e de "novos
rumos para a autonomia". A primeira
reunião magna do PS/Açores com Francisco César na liderança começou na
sexta-feira e decorre até domingo em Ponta Delgada.